De acordo com o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), colocado em consulta pública, esta terça-feira,”os investimentos a implementar (na melhoria da eficiência energética de edifícios) ascendem a 620 milhões de euros”, da responsabilidade do Fundo Ambiental, pode ler-se no site da Lusa.
No caso dos edifícios residenciais estão destinados 300 milhões de euros, para a “promoção de investimentos numa significativa vaga de renovação energética de edifícios residenciais, o fomento da eficiência energética e de recursos, o reforço da produção de energia de fontes renováveis em regime de autoconsumo e o combate à pobreza energética”.
Estão incluídos investimentos, por exemplo, ao nível do “isolamento térmico das paredes, do isolamento térmico das coberturas e dos envidraçados”, “de sistemas de climatização para aquecimento e/ou arrefecimento”, como bombas de calor, “e aquecimento de águas sanitárias”, através, por exemplo, de tecnologia solar térmica. Estão ainda previstas a “implementação de sistemas de produção de energia elétrica de origem renovável, em regime de autoconsumo ou comunidade de energia renovável”, “intervenções que visem a eficiência hídrica, incluindo a substituição de equipamentos por equipamentos mais eficientes” e a “incorporação de biomateriais, materiais reciclados, soluções de base natural, fachadas e coberturas verdes e soluções de arquitetura bioclimática, sobre prédios urbanos ou suas frações autónomas existentes”.
No caso dos edifícios da administração pública central (inclui instituições de ensino de todos os níveis), estão destinados 250 milhões de euros para uma “significativa vaga de renovação energética”, bem como para “fomentar a eficiência energética e de recursos e reforçar a produção de energia de fontes renováveis em regime de autoconsumo”.
Já os edifícios de serviços contarão com 70 milhões de euros para investimentos neste âmbito, também para uma “significativa vaga de renovação energética de edifícios de serviços, fomento da eficiência energética e reforço da produção de energia de fontes renováveis em regime de autoconsumo”.
O documento sublinha que a “a nível Europeu também a renovação dos edifícios é identificada com uma das prioridades, razão pela qual a Vaga de Renovação (Renovation Wave) é uma das iniciativas emblemáticas identificadas no âmbito do Mecanismo de Recuperação e Resiliência”.
Segundo o Governo, “a atual taxa média ponderada de renovação energética é de apenas 1%/ano, sendo a meta da Comissão [Europeia] duplicar esta taxa até 2030”.