A riqueza do “património ambiental” e a “economia local fortemente dependente dos seus recursos endógenos, nomeadamente pesca, turismo e economia do mar” são algumas das razões apontadas por Ricardo Vicente, engenheiro agrónomo e um dos fundadores do Peniche Livre de Petróleo, para justificar a oposição à exploração de petróleo na região. Criado no passado dia 26 de Julho, o movimento Peniche Livre de Petróleo pretende, numa primeira fase, informar a população sobre os trabalhos que estão a decorrer e alertar para os perigos ambientais e económicos consequentes da exploração petrolífera na região.
De acordo com o jornal Público, decorreu, esta terça-feira, a primeira sessão de trabalho e as linhas de acção do movimento irão começar agora a ser delineadas, para que possa ser gerada “uma discussão que já deveria ter acontecido”.
No último ano, os contratos existentes foram estendidos, por adenda, por um período de cinco anos, com a possibilidade de prorrogação por mais dois, e foram celebrados mais dois contratos de concessão em terra, assinados com a Repsol, Kosmos, Galp e Partex. O acordo permite ainda a prática de fracturação hidráulica, o chamado fracking, uma tecnologia usada para extrair petróleo e gás natural e que consiste na perfuração de um poço onde são injectados químicos no solo “que podem destruir lençóis de água”, sublinha o ambientalista em conversa com o Público.