Depois de, na sua passagem pela República Dominica, a tempestade tropical Erika, ter feito 27 mortos, este fim-de-semana foi a vez do Haiti ser atingido pela catástrofe natural, onde já foram contabilizados pelo menos quatro mortos e 13 feridos, anunciaram, este sábado, as autoridades.
Segundo a proteção civil, um autocarro colidiu com um camião na localidade de Leogane, no sudoeste do país, num acidente que causou quatro mortos e onze feridos. Outras duas pessoas ficaram feridas na sequência do desabamento de uma casa no norte do Haiti.
A tempestade tropical Erika entrou na noite de sexta-feira na cidade de Anse-a-Pitres, a 85 quilómetros da capital, Port-au-Prince. As autoridades haitianas implementaram medidas de segurança, proibiram a circulação rodoviária entre diferentes departamentos do país, onde as intensas chuvas provocaram inundações, em particular no sul e no oeste, e ordenaram a retirada de centenas de pessoas devido à intempérie.
O primeiro-ministro haitiano, Evans Paul, apelou à solidariedade “para fazer face ao desastre”. Segundo o Ministério do Interior haitiano, foram montados 1.966 abrigos temporários, com capacidade para alojar até 340.407 pessoas.
Desde 2008, que nenhum furacão atingiu o Haiti, mas devido à vulnerabilidade da população e das habitações, enfraquecidas pelo terremoto de 2010, mesmo as tempestades tropicais simples são o suficiente para causar inundações mortais.
Erika, a quinta tempestade tropical da temporada, fez 20 mortos e dezenas de desaparecidos na República Dominicana, onde fortes chuvas causaram inundações e deslizamentos de terras, forçando 7.345 pessoas a deixar as suas casas, das quais aproximadamente 100 foram acomodadas em abrigos temporários.
Em outubro de 2012, a tempestade Sandy atingiu a costa nordeste dos Estados Unidos, matando 60 pessoas no Haiti e destruindo mais de 18 mil casas por todo o país.
Entretanto o Estado norte-americano da Florida já se prepara para a chegada da tempestade tropical, possivelmente na segunda-feira, tendo o governador decretado o estado de emergência.
Já na República Dominicana, as autoridades, que suspenderam as atividades públicas e privadas, temem um aumento do número de mortos, porque há pessoas desaparecidas.