Foi no passado dia 19 de julho, em plena Avenida da Liberdade, em Lisboa, que o Pátio da Água reabriu portas. Depois de dois anos encerrado, devido à pandemia causada pela Covid-19, este espaço da EPAL dedica-se, exclusivamente, à promoção e sensibilização para a qualidade e consumo de água da torneira. Em funcionamento de segunda a sexta-feira, exceto feriados, das 11h30 às 18h30, o Pátio da Água está aberto ao público em geral, desde os lisboetas a turistas que visitem a cidade e que podem usufruir do espaço de forma completamente gratuita.
Em declarações à Ambiente Magazine, Marcos Sá, diretor de Comunicação, Marketing e Educação Ambiental da EPAL, afirma que o Pátio da Água espelha o “compromisso (da empresa) na sensibilização de toda a população para a qualidade e o consumo racional de água da torneira”, bem como para a “necessidade de introduzir comportamentos no nosso dia-a-dia para a salvaguarda de um recurso cada vez mais escasso”, mas essencial para a vida no planeta: “Quando a EPAL abre um espaço na cidade onde serve água da torneira, apresenta a toda a comunidade a qualidade da água que serve e faz com que todos se tornem agentes ativos na divulgação de boas práticas e cidadãos conscientes e protetores do nosso Planeta”. O ato de servir água da torneira neste Pátio acaba por ser um “gesto simbólico”, mas que encerra em si a maior das mensagens: a preservação do recurso. Além disso, este Pátio funciona como um “importante elemento que dá segurança àqueles que nos visitam” e que apresenta Portugal como um país seguro, desenvolvido e ambientalmente sustentável: “Não nos podemos esquecer que a defesa do ambiente é transversal a todos os países, porque se os países são muitos, o Planeta é apenas um e, por isso, é essencial que todos percebamos e façamos a nossa parte”, precisa. A tudo isto acresce que “beber água da torneira é um gesto amigo do ambiente”, lembra o responsável, comprovando que, na última edição do Pátio da Água foram oferecidos “100 mil copos de água”, o que representa uma” redução de produção de 813 kg de plástico, 29.650 litros de água poupados no fabrico de plástico e, ainda, a redução de CO2 equivalente em 5,9 toneladas”. Portanto: “É com muita satisfação que reabrimos o Pátio da Água, após dois anos de interregno devido às contingências associadas à pandemia, e convidamos a todos a passar por este espaço agradável e com uma localização privilegiada na Avenida da Liberdade para beber um copo de água, simples ou aromatizada com frutas e ervas aromáticas”.
Uma das grandes novidades deste espaço é a parceria com a marca de gelados Santini: “Estão previstas happy hours, todas as segundas e sextas-feiras, entre as 13h30 e as 14h30, para oferta de picollinis feitos com água da torneira”. À semelhança de anos anteriores, o Pátio da Água é “100% sustentável”, ou seja, “todos os resíduos orgânicos gerados são diretamente depositados em compostores, e os restantes encaminhados para destino final adequado”, acrescenta.
Numa altura em que o país enfrenta uma situação alarmante de seca, Marcos Sá considera que ações deste género revestem-se da maior importância: “O uso racional da água enquanto bem escasso está no centro da discussão e exige que se passe das palavras aos atos, com ações concretas”. Este período de seca que Portugal está a viver apenas torna mais “premente” a necessidade de se tomar medidas que contribuam diariamente para o correto uso da água: “A EPAL procura dar o exemplo, gerindo com o maior rigor e eficiência o bem que distribui, e promovendo também campanhas e ações de comunicação ambiental dirigidas aos diferentes dos públicos, dos mais jovens aos mais velhos”.
No entender do responsável, é “imperativo” que se perceba de uma vez por todas que a seca não deve ser uma preocupação apenas quando não chove ou quando os níveis das albufeiras começam a descer: “A seca é uma realidade e, cada vez mais, com o flagelo das alterações climáticas, deve ser encarada como um caso muito sério que só pode ser minimizado com a intervenção de todos, mudanças drásticas nos comportamentos e, sobretudo, com a certeza de que, se o facto de chover ou não chover não depende diretamente de nós, fazer um uso racional deste bem, já depende inteiramente”, atenta.
Neste sentido, o Pátio da Água é apenas uma dessas ações desenvolvidas pela EPAL ao longo do ano: “Destacaria as parcerias que temos feito para ensinar a ser sustentável na cozinha, como é o caso da coleção de livros “Irresistível Água da torneira à Mesa com…”, que vai no seu 2.º livro que reúne receitas que promovem a sustentabilidade, o aproveitamento da água utilizada e a redução do desperdício alimentar”. Outro exemplo é a “campanha que temos desenvolvido junto de empresas e instituições para incentivar o consumo de água da torneira”, que conta já com mais de 260 aderentes que, nos seus espaços, servem apenas água da rede, uma opção mais amiga do ambiente e mais económica. Uma outra iniciativa é o projeto “Bebedouros de Lisboa”, um dos “maiores investimentos da história da EPAL”, promovido em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa e o GEOTA – Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente, que visa “dotar a capital de uma rede de bebedouros mais modernos, inclusivos”, com novas e modernas funcionalidades e preocupações com os animais: “Lisboa já dispõe de 30 bebedouros localizados em diversos locais da cidade e objetivo é colocar em funcionamento mais 170, dotando a cidade com uma rede com 200 bebedouros”, refere.
Faz parte do ADN da EPAL continuar sempre de forma muito ativa a desenvolver diferentes campanhas e projetos que coloquem a água, a sua proteção e o seu bom uso em destaque constante: “Faz parte da nossa missão de serviço público essencial à vida”, remata.