A Parques de Sintra Monte da Lua (PMSL) obteve a renovação do Certificado Internacional de Gestão Florestal (FSC®), aumentando assim em 50% a área certificada, incluindo agora os Perímetros Florestais da Serra de Sintra e da Penha Longa (zonas cogeridas pela Parques de Sintra e pelo ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, na sequência de um protocolo celebrado em 2019), lê-se numa nota de impressa.
Segundo a Parques de Sintra, a certificação florestal é um processo totalmente voluntário que garante que os proprietários e gestores de áreas florestais seguem boas práticas de gestão sustentável, tanto do ponto de vista ambiental, como social.
A entidade possui o Certificado Internacional de Gestão Florestal FSC® desde 2016 e é auditada anualmente, com vista à verificação do cumprimento dos critérios de sustentabilidade na gestão das áreas florestais. Através do sistema de certificação do FSC®, o WWF (World Wildlife Fund) procura garantir uma gestão florestal economicamente viável, socialmente justa e ambientalmente sustentável.
A Parques de Sintra, além do património construído, que inclui diversos monumentos nacionais, gere mil hectares de floresta. A maior parte está inserida na Paisagem Cultural de Sintra, classificada pela UNESCO como Património da Humanidade. Estas áreas florestais são também consideradas Florestas de Alto Valor de Conservação, lê-se no comunicado.
Atividades desenvolvidas
No âmbito da gestão sustentável das florestas, a Parques de Sintra leva a cabo ações de controle de espécies invasoras, arborizações com espécies nativas e o controle regular de combustível florestal.
A entidade assegura no mesmo comunicado que tem investido na investigação sobre os habitats, para apoiar as decisões de gestão e para delinear estratégias de conservação. Neste âmbito, tem trabalhado na “inventariação, monitorização e conservação de várias espécies de fauna e de flora, e também de habitats, nas áreas sob sua gestão”, refere
Desde 2016, segundo a PMSL, já foram efetuadas inventariações de aves; anfíbios; morcegos; aranhas e coleópteros; e micromamíferos, com destaque para o musaranho-de-dentes-vermelhos. Procedeu-se, igualmente, à cartografia de habitats e de espécies de flora em várias Unidades de Gestão Florestal.
Relativamente a ações específicas, destaca-se a “criação de charcas temporárias que beneficiam as populações de anfíbios, a colocação de caixas-ninho para passeriformes – uma grande ordem da classe das aves – e o desenvolvimento de um projeto para a proteção de abrigos de morcegos”, precisa o comunicado.
De acordo com a Parques de Sintra, estas ações “promovem a biodiversidade dos ecossistemas” e o “robustecimento dos habitats”, preparando-os para “resistir à propagação de um eventual incêndio e tornando-os mais resilientes face aos efeitos das alterações climáticas”.