A Câmara do Porto vai abrir um concurso público de construção e exploração de um parque de estacionamento subterrâneo no Largo Capitão Pinheiro Torres de Meireles, mais conhecido como Largo de Cadouços, na Foz do Douro, diz o Público. A empreitada será aproveitada para requalificar o largo e a rua adjacente, onde está instalada a esquadra da PSP.
A apresentação do projecto foi feita ontem, pelo presidente da autarquia, Rui Moreira. O concurso deverá ser lançado em Março ou Abril e prevê um investimento de três milhões de euros, suportados “integralmente” por quem construir o parque, segundo um projecto da autarquia, e, posteriormente, o explorar. “É uma zona que nos parece particularmente vital”, disse Rui Moreira, frisando que está em causa um “espaço emblemático da Foz que sofreu um conjunto de pressões que precisam de ser resolvidas”.
O projecto do arquitecto André Campos prevê a construção de um parque subterrâneo, com 240 lugares, desenhado em “meios pisos”. À superfície, o jardim da praça vai ganhar passeios, os passeios existentes vão ser alargados e os candeeiros vão ser recuperados. Além disso, irá “arborizar-se ao máximo” a Rua Monsenhor Manuel Martinho. Esta vai perder o separador central relvado, ganhando, em troca, árvores e passeios mais largos.
Rui Moreira argumentou que a zona tem uma grande falta de estacionamento, não só por quem procura o comércio e restaurantes da Rua da Senhora da Luz, como dos próprios moradores, já que “a maioria das casas não tem nem pode ter garagem”. Além disso, o novo parque de estacionamento poderá servir também os veraneantes que procuram as praias portuenses daquela zona, realçou o autarca, defendendo, por isso, que a concessão deverá ser apetecível.
O presidente da câmara esclareceu que a Rua da Senhora da Luz vai continuar a ter circulação automóvel, afirmando que a intervenção agora anunciada se inclui no plano mais vasto de “requalificação e reordenamento de toda a zona da Foz”, que começou com a intervenção na Rua do Coronel Raúl Peres.
A expectativa de Rui Moreira e da vereadora da Mobilidade, Cristina Pimentel, é que a obra possa arrancar ainda no final do último trimestre deste ano, a tempo de estar concluída no Verão de 2018. Nenhum dos dois se compromete, contudo, com prazos de execução ou o tempo de exploração do parque, com a informação distribuída aos jornalistas durante a apresentação do projecto a referir que ambos “são variáveis e dependem do concurso”.