Parque do Alto da Ajuda: “um anfiteatro natural à espera de ser cuidado”
O Parque do Alto da Ajuda vai ser um dos projetos do Plano de Drenagem da Câmara Municipal de Lisboa, segundo anunciado em apresentação no Paços do Conselho, no dia 15 de dezembro por Saldanha Matos, professor e por Filipa Cardoso de Menezes, Arquiteta Paisagística. Ambos destacam as potencialidades do espaço.
“A bacia existente não retém água nenhuma”, evidenciou deste logo Saldanha Matos, explicando a necessidade de se criar uma nova bacia de retenção.
Já as potencialidades do parque foi o mais destacado pelos dois oradores. “É um local com enorme potencial. É um anfiteatro natural à espera de ser cuidado”, ressalvou Filipa Cardoso de Menezes, referindo-se ao facto do solo estar distribuído por várias camadas que se vão elevando, o que se assemelha a um anfiteatro.
Uma das vantagens, referida pelo empresário, é o facto de estar “perto do polo universitário”, por haver “muita energia que pode usar o espaço”. Também a arquiteta paisagística corroborou a ideia, acentuando que se vai “resolver um problema para toda a cidade num espaço que não tem utilidade, dando-se um nova vida”, comentando que, “a relação com o campus universitário é interessante”.
Filipa Cardoso de Meneses referiu ainda como positivo a ligação ao Parque de Monsanto, o que tem de “enquadrar o ambiente florestal”. Daí, está planeado a criação de “uma rede de percursos dinâmicos ligados a Monsanto, em que, com ligações a sul e a norte, se liga as duas margens da área de intervenção”, explicou.
A arquiteta paisagística acentuou ainda: “temos que ser muito racionais”, adiantando que privilegiaram “as periferias e o enquadramento dos caminhos e as clareiras.
Quanto à rega do parque, afirma que “vai ser manual” e que vão “tentar minimiza-la”, aproveitando a bacia de retenção, de modo a que o parque seja também mais sustentável.