PAN questiona ministro do Ambiente sobre atraso na abertura ao mar da Lagoa de Santo André
O PAN (Pessoas – Animais – Natureza) questiona o ministro do Ambiente e Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, com vista a procurar obter esclarecimentos sobre a razão efetiva pela qual não foi ainda realizada neste ano a abertura ao mar da Lagoa de Santo André (concelho de Santiago do Cacém), ao contrário do que aconteceu com a Lagoa de Melides (Grândola).
Em comunicado, o partido indica que anualmente, pela primavera, realiza-se a abertura da Lagoa de Santo André ao mar, habitualmente no mês de março, com o objetivo da renovação das respetivas águas e consequente melhoria da qualidade e preservação dos ecossistemas, sob a coordenação da Agência Portuguesa do Ambiente, através da ARH do Alentejo, e em colaboração com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
De acordo com denúncias recebidas, o PAN refere que neste ano a abertura da lagoa ao mar não foi realizada, “alegadamente por motivos de segurança”, atendendo à pandemia por Covid-19. Contudo, o mesmo critério “não terá sido seguido no caso da Lagoa de Melides, cuja abertura ao mar se realizou, com a salvaguarda da segurança sanitária exigida e com a implementação de medidas de restrição de acesso ao local”, diz.
Para o PAN, o procedimento de abertura da lagoa ao mar reveste-se de extrema relevância para “assegurar não só a qualidade da água das lagoas de Santo André e Sancha”, mas também com “manifestos reflexos na manutenção da qualidade e diversidade dos ecossistemas associados a este corpo lagunar”.