Em face da ausência de respostas concretas por parte do ministro do Ambiente da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, o PAN (Pessoas-Animais-Natureza) volta a questionar o Governo com vista a “procurar obter esclarecimentos claros e concretos sobre o acompanhamento do funcionamento da central nuclear espanhola de Almaraz”, localizada junto ao rio Tejo na fronteira com Portugal e cujo “prazo de encerramento há muito vem sendo adiado”, refere o grupo parlamentar em comunicado.
Para tal, o PAN deu entrada de um requerimento em que solicita o envio à Assembleia da República do relatório do exercício de emergência relativo a um acidente nuclear em Almaraz, realizado pela Proteção Civil e pela Agência Portuguesa do Ambiente em 2016 , bem como do plano de emergência radiológico para acidentes nucleares transfronteiriços.
Para além disso, o partido quer também esclarecimentos, por parte do Governo, sobre a “situação das estações de monitorização de radioatividade em Portugal”, dado que “um terço das mesmas estarão inoperacionais”. Atendendo à ausência de resposta por parte do ministro, o PAN submeteu uma pergunta na qual questiona o Ministério sobre a “desativação de quatro das 12 estações de monitorização da radioatividade do nosso país: Bragança, Coimbra, Lisboa e Faro). Tal desativação significa que, em caso de acidente nuclear, “Portugal não terá capacidade para monitorizar a presença e os níveis de radioatividade nessas zonas do território”, afirma o PAN, alertando para a “urgência de se perceber que medidas estão a ser implementadas para a célere reactivação destas estações”.