O Grupo Municipal do PAN ( Pessoas-Animais-Natureza) vai apresentar, esta terça-feira, 2 de junho, à Assembleia Municipal de Lisboa uma recomendação pela criação de corredores ecológicos em Lisboa. Segundo um comunicado divulgado pelo partido ecologista, a proposta incide, desde logo, pela pela ligação das áreas do Parque Florestal de Monsanto localizadas a sul e a norte da A5, permitindo, desta forma, que os animais silvestres circulem em segurança.
De acordo com o partido, os corredores ecológicos consistem em faixas verdes que unem áreas naturais que foram fragmentadas pela ação do ser humano – por exemplo, a construção de estradas -, permitindo a deslocação de animais silvestres e a dispersão de sementes, sendo, por isso, essenciais para a manutenção da biodiversidade. Este tipo de estruturas ajuda ainda na “prevenção de atropelamentos de animais”, que colocam em risco as espécies, bem como a segurança das pessoas, lê-se no mesmo comunicado.
A par dos benefícios para a biodiversidade, os deputados do PAN lembram na proposta que “este tipo de estrutura apresenta ainda vantagens para o ambiente, uma vez que aumenta consideravelmente os espaços verdes, importantes aliados na luta contra a crise climática, bem como para a população, ajudando a mitigar a poluição sonora, a melhorar a qualidade do ar e permitindo um maior contacto com a natureza”.
Com esta recomendação, o Grupo Municipal do PAN propõe que a Câmara Municipal de Lisboa comece por criar um corredor ecológico que ligue áreas do Parque Florestal de Monsanto, uma vez que esta é “a estrutura verde no município que acolhe um maior número de espécies de animais, bem como de arvoredo”, pelo que devem “ser realizados todos os esforços para as proteger”, refere a recomendação.
Segundo o PAN, esta proposta pretende também que seja “estudada a possibilidade de estabelecer ligações em corredores ecológicos com os concelhos limítrofes, designadamente Oeiras e Amadora”, bem como que sejam “criados mais corredores verdes no interior da cidade de Lisboa, ligando os espaços verdes já existentes”.