André Silva, deputado estreante e o único do Partido-Animais-Natureza (PAN), em entrevista ao Diário de Notícias, lembrou algumas das principais preocupações do partido.
Com a entrada no Parlamento, o PAN acaba de ver duas causas, “de que mais nenhum partido fala”, dominarem a Agenda Mediática: o alerta da Organização Mundial de Saúde (OMS) para os riscos cancerígenos do consumo de carne processada e a aprovação pelo Parlamento Europeu do pedido para bloquear as transferências de quaisquer fundos comunitários para propriedades onde se criem touros para touradas.
O combate à desertificação dos solos é outro dos desafios do partido, que levou o voto de 75 mil portugueses, desde logo, pelo “impacto que tem na vida animal”. A regeneração dos solos é, também, segundo André Silva, “uma via para garantir a segurança alimentar”.
O PAN acredita, ainda, numa mudança de hábitos alimentares, tanto a nível da produção como de consumo. De acordo com este partido, os objetivos colocam-se tanto a nível individual como da sociedade, argumentando com “o impacto que as doenças- coração, diabetes, obesidade – daí resultantes têm na (in)sustentabilidade financeira do Sistema Nacional de Saúde e nas taxas de ocupação de camas nos hospitais”. Por isso, conclui André Silva, vegetariano, “comer é um ato político”.
Também o fim das touradas tem sido um tema em cima da mesa para este partido. Até conseguir pôr término a esta tradição, o PAN propõe-se eliminar os subsídios a essa indústria e deixar o mercado funcionar.