O PAN anunciou que acompanha hoje a uma petição apresentada na Assembleia da República, que pede a proibição de práticas de violência contra os animais.
A medida “dá corpo à indignação pública relativa a práticas que se continuam a perpetuar em Portugal gravemente atentatórias dos direitos dos animais”, referiu o partido ambiental em comunicado, exemplificando com a “queima do gato”, um evento em que em gato é colocado dentro de um cesto de barro, o qual é colocado numa fogueira, o que provoca várias lesões e pânico ao animal.
O mesmo projeto de lei pede ainda “a proibição de outras práticas que perpetuam atentados contínuos à integridade física dos animais no nosso país, como a prática do tiro ao voo (vulgarmente designada por “tiro ao pombo”)”. Apesar desta prática já ser proibida em vários países da União Europeia, como Inglaterra, França e Luxemburgo, em Portugal, ainda é considerada um desporto.
“Uma violência injustificada contra os animais, que não corresponde à nobreza e saúde física e mental que se associa à prática desportiva. Estas atividades são expressão da barbárie e de um total desrespeito pela integridade física dos animais e mesmo apesar da sua bestialidade evidente, devido ou a uma omissão legal ou à pouca vontade das entidades fiscalizadoras ou judiciais, são a realidade que que o PAN pretende hoje mudar”, explica o partido ambiental em comunicado.
Já André Silva, o deputado do PAN, reforça que já se começam a abandonar certas tradições. “Sentimos agora uma possibilidade real de, progressivamente, se começar a abandonar as tradições anacrónicas e contrárias àquele sentido humanista que vê a cultura e o desporto como um contributo para nos tornar melhores seres humanos. Tenho esperança de que seja consensual para os representantes eleitos dos cidadãos a vontade social que pede expressamente a proibição destes comportamentos”.