Maior investimento económico e político em alternativas científicas e tecnológicas à experimentação animal é uma das propostas apresentadas esta quarta-feira pelo PAN (Pessoas-Animais-Natureza), que vai debater em plenário na próxima quinta-feira, 19 de janeiro, a petição de cidadãos por uma “ciência mais rigorosa”.
Entre as propostas, por exemplo, o partido reforça o a importância de existirem normas mais rigorosas relativas à utilização de animais para fins de investigação científica e sugere um maior investimento a nível económico e político para serem criadas alternativas, quer científicas como tecnológicas. Propõe, por isso, a alocação de uma percentagem dos fundos de inovação e desenvolvimento da despesa pública distribuídos pela Fundação para a Ciência e Tecnologia em métodos não animais.
Hoje, “existem alternativas à experimentação animal”, garante o partido em comunicado, mas “falta-nos um maior investimento económico e político e uma mudança de mentalidades”. Acrescentando que os animais vivos “podem e devem ser eficientemente substituídos por sistemas biológicos in vitro [cultura de células e tecidos], placentas humanas e cordões umbilicais” para perceber a “toxicidade de uma substância”, com base na sua estrutura e propriedades.
O PAN denuncia ainda casos de investigação científica que avançam sem a supervisão da Direção-Geral de Veterinária (DGAV). Sendo que o projeto de lei do partido reforça que um projeto não pode ser realizado sem que tenha sido dado um parecer favorável da DGAV ou do Comité de Ética.