O PAN – Pessoas – Animais – Natureza defende que o Governo português deve envidar novos esforços junto de Espanha no sentido que que a central nuclear de Almaraz seja definitiva e urgentemente encerrada. Para o efeito, o PAN deu entrada no Parlamento de uma iniciativa legislativa na qual deixa esta recomendação ao Governo, e requereu igualmente a presença do ministro do Ambiente e da Ação Climática na Comissão de Ambiente, na sequência de aquela central nuclear, localizada junto à fronteira com Portugal, ter registado dois novos incidentes no prazo de cinco dias.
De relembrar que a central nuclear de Almaraz situa-se apenas a cerca de 100 km da fronteira com Portugal, expondo o nosso país a perigos nucleares. Vários relatórios apontam para as várias irregularidades desta central, para a sua falta de segurança e para o facto de que esta já não deveria estar em funcionamento. “Permitir, passivamente, a continuidade do funcionamento da central de Almaraz pode ter consequências catastróficas para Portugal em caso de acidente nuclear. É um perigo iminente que tem que ser travado, o que só peca por tardio. O nosso país não está preparado para um cenário de desastre nuclear, para além de que isso iria afetar toda a zona de fronteira, contaminando a água e o ar e com imprevisíveis impactos sobre a saúde”, afirma André Silva, porta-voz e deputado do PAN.
Já em maio deste ano, o PAN havia dado entrada de um requerimento em que solicita ao ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, o envio do relatório do exercício de emergência relativo a um acidente nuclear de Almaraz, realizado pela Proteção Civil e pela Agência Portuguesa do Ambiente em 2016, bem como do plano de emergência radiológico para acidentes nucleares transfronteiriços. O prazo de resposta – 30 dias – já foi largamente ultrapassado, sem que por parte do ministério tenha havido até à data qualquer comunicação.