O “Pacto do Porto para o Clima” é a iniciativa da Câmara Municipal do Porto que procura transformar a cidade com vista a atingir a neutralidade carbónica, prevista para 2030. Apresentado em setembro do ano passado, este pacto pretende assegurar um futuro sustentável para as gerações futuras, segundo Filipe Araújo, vice-presidente da autarquia portuense.
Com o objetivo de atingir um Porto neutro em carbono, “é fundamental alcançar patamares cada vez mais elevados de eficiência energética”, esclarece o município, num comunicado enviado à imprensa. A autarquia afirma que tem investido em práticas e infraestruturas energeticamente mais sustentáveis, dando como exemplo a transição da iluminação pública da cidade para tecnologia LED.
“Até julho deste ano, o Porto contará com 30 mil luminárias LED, permitindo a redução do consumo de energia na via pública para menos de metade, o que significa uma diminuição na emissão de gases e uma poupança de custos anual superior a 1 milhão de euros”, pode ler-se no comunicado.
O governo da cidade nortenha assegura também que tem promovido a mobilidade elétrica através do aumento dos veículos elétricos municipais, que correspondem atualmente a 75% de toda a frota. Ainda em 2023, o Porto “passará a dispor de 267 carregadores de veículos elétricos na rede municipal, garantido uma resposta eficaz ao aumento deste tipo de mobilidade”.
A Câmara Municipal do Porto salienta ainda que, desde 2021, toda a energia elétrica consumida pelo Município do Porto “foi comprovadamente produzida a partir de fontes renováveis”. O mesmo ocorreu nas empresas municipais Águas e Energia do Porto, Ágora, Porto Ambiente e Go Porto.
“Em curso está também uma mudança de paradigma no território do Porto”, esclarece o município, que, para isso, dá prova de várias instalações municipais dedicadas à produção de energia verde, algumas já a funcionar e outras adjudicadas.
O comunicado da autarquia do Porto dá conta ainda do projeto Porto Energy Hub, que tem como objetivo dotar as famílias da informação necessária para reduzir custos, através da implementação de medidas de eficiência energética e produção descentralizada de energia renovável.