Os seis maiores incêndios registados este ano foram responsáveis por quase metade da área ardida em território nacional, segundo os dados do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), noticia a Lusa.
De acordo com o relatório provisório do ICNF relativo ao período entre 1 de janeiro e 31 de agosto, os seis maiores incêndios foram responsáveis por 100.276 hectares de área ardida, quase metade (46,8%) do total, que ultrapassou os 213 mil hectares, o maior valor da última década.
Até 31 de agosto, o maior incêndio registado em Portugal foi o da Sertã, em Castelo Branco, com 29.752 hectares de área ardida, seguido do incêndio de Pedrógão Grande, em Leiria, que provocou pelo menos 64 mortos e destruiu 27.364 hectares.
O terceiro maior incêndio em área ardida foi o de Góis, em Coimbra, com 17.521 hectares, seguido dos incêndios registados já em agosto em Mação, Santarém, com 12.897 hectares, e em Ferreira do Zêzere (Santarém), com 7.127 hectares. Na lista dos seis maiores incêndios aparece depois o fogo registado em agosto em Louriçal do Campo, Castelo Branco, com um total de 5.615 hectares ardidos.
Segundo o relatório do ICNF, registaram-se 123 grandes incêndios (com área igual ou superior a 100 hectares), que destruíram 193.111 hectares de espaços florestais, cerca de 90% do total da área ardida.
Os incêndios florestais consumiram este ano mais de 213 mil hectares, o valor mais elevado nos últimos dez anos e duas vezes mais do que a média anual de área ardida para o mesmo período. Em áreas protegidas, foram mais de 20 mil hectares ardidos este ano. O fogo destruiu mais de metade do Monumento Natural das Portas de Ródão e da Paisagem Protegida da Serra da Gardunha.
*Foto de Reuters