Os efeitos das alterações climáticas tornaram-se mais frequentes nos últimos anos, com o período 2011-2015 a ser o conjunto de cinco anos mais quente de que há registos, segundo dados divulgados na terça-feira pela Organização Meteorológica Mundial e noticiado hoje pelo Jornal de Notícias, à margem das negociações da ONU sobre o clima, que decorrem em Marraquexe (Marrocos).
As alterações climáticas têm provocado mais ondas mortais de calor, mais furacões, inundações e secas, que têm sido mais frequentes e intensos nos últimos anos.
Na última meia década, 2014 e 2015 foram os mais quentes de todos os anos, mas 2016 pode batê-los. Cerca de 300 mil pessoas morreram em catástrofes estimuladas pelos fenómenos climáticos durante o mesmo período.
A grande maioria do excesso de mortalidade – a atribuída ao impacto adicional da mudança climática – ocorreu durante 2010 – 2012, nas secas da África Oriental.
O furação Haiyan, nas Filipinas, em 2013, e as ondas de calor na Índia e no Paquistão, no ano passado, foram outros fenómenos que mais contribuíram para a mortalidade provocada por fenómenos extremos.