Por Joana Almeida, vereadora com o pelouro dos Sistemas de informação e Cidade Inteligente de Lisboa*
Lisboa é, sem dúvida, uma smart city, considerando que tem sabido utilizar os dados recolhidos, interna e externamente, ao serviço dos cidadãos, antecipando as suas necessidades e interesses. Só assim, podemos falar em smart city, ou seja, uma cidade que utiliza os dados, provenientes de informação sensorial de projetos smart cities, para os converter em soluções digitais de apoio à tomada de decisão e desenvolvimento de novos produtos e serviços.
São os serviços municipais da Câmara Municipal de Lisboa (CML), dentro das suas áreas de competência, que analisam e promovem boas práticas e soluções inovadoras de gestão da cidade. Áreas como a mobilidade, higiene urbana, ruído, qualidade da água e segurança são algumas das áreas que já são suportadas por soluções digitais que recorrem a sensores para recolha de dados fundamentais para quem tem responsabilidade de gestão. São vários os projetos desenvolvidos pelo município nestas áreas, como os contadores de tráfego, o sistema inteligente de rega, o sistema de deteção de inundações de túneis, a telegestão de iluminação pública, a rede de sensores ambientais, a georreferência de autocarros e muitos outros projetos.
Desde 2018, temos vindo a aperfeiçoar a Plataforma de Gestão Inteligente da Cidade de Lisboa (PGIL), no sentido de integrar dados cada vez mais abrangentes e de melhor qualidade, de forma a fornecer respostas de valor acrescentado e obter-se uma fotografia fidedigna da cidade.
Desde 2018, temos vindo a aperfeiçoar a Plataforma de Gestão Inteligente da Cidade de Lisboa (PGIL), no sentido de integrar dados cada vez mais abrangentes e de melhor qualidade, de forma a fornecer respostas de valor acrescentado e obter-se uma fotografia fidedigna da cidade. Este retrato de Lisboa permite obter um histórico relevante e acima de tudo uma análise preditiva, preventiva e prescritiva. Esta plataforma é gerida pelo Centro de Gestão e Inteligência Urbana de Lisboa (CGIUL), departamento do município, que impulsiona o desenvolvimento de iniciativas smart cities.
Por forma a melhorar os dados recolhidos, temos reforçado o estabelecimento de parcerias com instituições de ensino e de investigação nacionais, através de protocolos e acordos. Esta colaboração é uma mais-valia para ambas as partes, pois os dados fornecidos permitem aos estudantes resolver desafios reais, que de outra forma não conseguiriam obter, e por outro lado, a CML obtém modelos analíticos em resposta aos seus desafios internos, resultantes do conhecimento científico sobre business intelligence e inteligência artificial.
Outra ferramenta que temos desenvolvido para promoção da inteligência urbana é o nosso Portal Lisboa Aberta que disponibiliza dados e permite a sua reutilização
Outra ferramenta que temos desenvolvido para promoção da inteligência urbana é o nosso Portal Lisboa Aberta que disponibiliza dados e permite a sua reutilização, de forma totalmente livre e gratuita, tornando os dados sobre a cidade acessíveis a quem deles necessita.
Queremos posicionarmo-nos como uma smart city de referência e por isso, temos caminhado no sentido de dar resposta imediata às necessidades das pessoas
Queremos posicionarmo-nos como uma smart city de referência e por isso, temos caminhado no sentido de dar resposta imediata às necessidades das pessoas, promovendo a qualidade de vida daqueles que vivem, trabalham e visitam a cidade e este é o caminho que queremos continuar a seguir para uma melhor vivência na cidade!
*Este artigo foi publicado na edição 102 da Ambiente Magazine.