Por Joana Garoupa, diretora de comunicação e marketing da Siemens Portugal.
As alterações climáticas estão finalmente na agenda mundial. O discurso de Leonardo di Caprio aquando da recepção do óscar de melhor ator pela sua performance no filme “Revenant” (O regresso) foi disso paradigmático. O ano de 2015 foi efetivamente o mais quente, desde que à memória. Ninguém consegue negar que é uma realidade. É tempo de agir.
Com o acordo assinado em Paris, no âmbito do COP21 chegou-se a um acordo histórico, unindo a vontade de 195 países no sentido de reduzir as emissões de dióxido de carbono, mas o passo não foi dado unicamente pelos governos. As empresas não viraram as costas e entenderam que têm também um papel relevante nesta equação.
De uma forma geral, este acordo promove a adoção de políticas que suportarão o caminho, a longo-termo para a descarbonização, fomenta a ambição necessária para a redução das emis-sões de gases de estufa e aumenta a confiança de que os governos irão progressivamente au-mentar o comprometimento no que toca à diminuição das alterações climáticas. Por outro lado, mesmo havendo poucos incentivos diretos, abrem-se enormes oportunidades para acelerar o desenvolvimento das energias renováveis e da eficiência energética, promovendo soluções colaborativas inovadoras, implementadas a larga escala.
Neste contexto, a Siemens colocou a a si propria objetivos ambiciosos pretendendo ser a pri-meira grande empresa industrial a alcançar uma pegada de carbono zero até 2030. Para isso investirá, nos próximos três anos, cerca de 100 milhões de euros que ajudarão a atingir o objeti-vo de redução das suas emissões de CO2 em 50%, até 2020, e melhorar a sua eficiência energé-tica, chegando a pegada 0% em 2030. Mas, a estratégia da Siemens não é só interna, como vai no sentido de ajudar os seus clientes neste caminho da descarbonização.
As iniciativas de redução da pegada de carbono são também elas oportunidades de negócio, por exemplo, se existe uma redução dos custos com energia, obviamente que haverá maior margem para que exista crescimento económico, porque os recursos poupados podem ser alocados a outras áreas, nomeadamente na contratação e especialização de recursos humanos.
O portfólio ambiental da Siemens, que valeu cerca de 33 mil milhões de euros de receita para a empresa em 2015, tem ajudado os nossos clientes a reduzir as emissões em 500 milhões de toneladas de CO2, o equivalente a metade das emissões anuais da Alemanha, e potencialmente a reduzir os seus custos.
A nível mundial, ao aplicar tecnologias inovadoras — como os nossos sistemas de gestão de energia, de automação para edifícios e de processos de produção, assim como sistemas de acio-namento energeticamente eficientes — pretendemos reduzir os nossos próprios custos de energia em 20 milhões de euros por ano. Esta é uma das medidas que estamos a adotar para alcançar uma pegada de carbono zero até 2030.
Só nesta área, a Siemens investe anualmente cerca de 2 mil milhões de euros em investigação e desenvolvimento, que se traduzem em cerca de 30 mil patentes ao nível da tecnologia do ambi-ente, tendo em vista garantir a concretização dos nossos objetivos até 2030.
A Siemens pode e vai liderar a transição para uma economia de baixo carbono, tanto com o nos-so portfólio ambiental, como com o nosso programa de CO2-neutro. Porque o futuro já começou.