Opinião: “Literacia azul: qual o papel das empresas? O exemplo da HIDROVAL”
Por Sofia Domingues, responsável pela Comunicação e Marketing da HIDROVAL*
No início do século XXI, tive o privilégio de fazer parte de um programa português de doutoramento em biomedicina onde interagi intensamente com cientistas de todo o mundo, o que alargou os meus horizontes quanto à importância do conhecimento no desenvolvimento de qualquer sociedade. Identifico-me plenamente com as palavras do cientista Alexandre Quintanilha, que afirmou que “o conhecimento transforma espelhos em janelas”, e com as de Nelson Mandela, que defendeu que “a educação é a arma mais poderosa para mudar o mundo”.
Vinte anos depois, agora enquanto sócia e comunicadora da HIDROVAL, no contexto empresarial, compreendo que as empresas só podem crescer de forma sustentável se se relacionarem harmoniosamente com a sociedade e o meio ambiente. Através da literacia, podemos investir parte dos nossos lucros para interagir ativamente com as gerações mais jovens. Acredito que é nesse investimento a longo prazo que, no futuro, seremos recompensados com clientes, empreendedores e cidadãos mais informados e exigentes em relação ao mundo em que vivem, que não aceitarão menos do que elevados padrões de qualidade e um profundo respeito pelo meio ambiente.
A HIDROVAL é uma empresa especializada em soluções de bombagem de água. A nossa sociedade tem uma pegada hídrica significativa e a HIDROVAL procura diariamente oferecer soluções de bombagem de excelência às empresas, com o objetivo de impulsionar sistemas inovadores, eficientes e responsáveis na gestão da água.
A HIDROVAL decidiu criar um projeto integrado de responsabilidade social e ambiental, onde o respeito pela água, o recurso natural mais precioso, pudesse ser combinado com a educação através da comunicação com as escolas. A partir daqui, nasceram parcerias incríveis com a Escola Azul, um projeto nacional de literacia do oceano do Ministério do Mar, e o Pavilhão da Água, um museu sobre água e energia da empresa municipal Águas e Energia do Porto. No projeto “Água, só há uma”, desafiámos os alunos a explorarem de forma artística diversos temas relacionados com o ciclo da água. Utilizando as artes e o pensamento científico, promovemos uma reflexão coletiva sobre este tema fundamental junto de alunos dos 3 aos 14 anos, culminando num calendário corporativo, numa exposição aberta ao público e em várias sessões nas escolas. O saldo final destas iniciativas tem sido amplamente positivo, quer por parte dos alunos que nos recebem de braços abertos e se dedicam genuinamente ao tema, quer por parte dos professores, que veem nestes projetos uma oportunidade diferente de aprendizagem. Recentemente, a HIDROVAL decidiu apoiar a publicação do livro de educação ambiental “Cachalote, a Baleia com a Cauda Plástica”, da autora Luciana Vampré, que nos levará a muitas escolas para debater sobre a poluição marinha e como uma gestão responsável da água em terra pode evitar catástrofes ambientais no oceano.
Como eterna apaixonada pelo conhecimento, tenho aprendido na HIDROVAL que a água em movimento tem um potencial transformador. Não é apenas uma força natural poderosa, permite também melhorar vidas e criar mudanças positivas. Desde a captação e armazenamento até à distribuição, pressurização, tratamento e devolução da água, uma gestão adequada é fundamental para a sustentabilidade e bem-estar da sociedade. E a literacia será sempre a base para que tudo isso seja possível.
*Este artigo foi publicado na edição 102 da Ambiente Magazine.