Por: Andreia de Sousa, Porta-voz da Cash Converters Portugal
Há datas especiais que deviam ser celebradas todos os dias. Dizem que o Dia do Pai e da Mãe são todos os dias, por exemplo, mas também o Dia do Ambiente podia ser. A verdade é que um dia não basta para o cuidar, o preservar ou até para o salvar. Cuidar do ambiente é um trabalho a tempo inteiro e por isso todos os dias são bons para o fazer. Às vezes, basta apenas desviar-nos do caminho linear que seguimos há anos sem questionar e encontrar novas saídas.
A Economia Circular é uma das saídas. Este modelo económico é um conceito cada vez mais presente na vida das famílias portuguesas e por transformar a forma como produzimos, consumimos e descartamos os produtos, minimiza o impacto ambiental da nossa passagem pelo planeta. E não há dia melhor do que o Dia Mundial do Ambiente para explorar a poupança que a sustentabilidade da economia circular nos pode trazer.
Há muito que estamos habituados ao modelo linear atual, onde muitos produtos são planeados para ter uma vida útil curta, tornando-se rapidamente obsoletos, levando muitas famílias a comprar produtos substitutos constantemente. Agora, felizmente, temos a economia circular, onde os produtos são concebidos para serem duráveis ou reparáveis durante mais tempo. Isto significa que, em vez de descartar, as famílias podem prolongando-lhes vida útil, evitando a necessidade de comprar um novo. Isso reduz os gastos e, ao mesmo tempo, diminui a procura por recursos naturais.
Na teoria, a ideia deste modelo de consumo é aliciante, mas na prática é ainda melhor. Olhando para todos os benefícios conhecidos da economia circular em números, apenas durante o ano de 2022, conseguimos poupar mais de 30 milhões de quilos em CO2, um aumento de 24,5% face ao ano anterior. Felizmente, conseguimos perceber que a preocupação ambiental está a mover montanhas e a unir cada vez mais pessoas à sua causa.
Dados divulgados pela Cash Converters revelam ainda que, só nos primeiros três meses de 2023, já mais de 136 mil pessoas se converteram ao movimento da sustentabilidade, isto é, optaram pelo modelo de consumo circular. Já em 2022, mais de 592 pessoas começaram a encarar a segunda mão como primeira opção – mais 9,8% face a 2021.
Todas estas pessoas abraçaram motivadas a missão de salvar o ambiente, mas vale a pena pensar também na poupança financeira que a economia circular pode trazer às famílias. Numa altura em que se adensam os impactos da inflação, há um aumento da procura por soluções circulares e, em 2022, este modelo de consumo conseguiu poupar às famílias mais de 39 milhões de euros – um aumento de mais de 7% face ao ano anterior. Este ano, apenas nos primeiros três meses, a poupança já bateu os 9 milhões de euros. Não serão estas as boas notícias que precisamos para celebrar o Dia do Ambiente?
Há que lançar o desafio às famílias e fazê-las refletir sobre as suas reais necessidades de consumo antes de dar o próximo passo. É essa reflexão que evita tantas vezes gastos desnecessários e compras impulsivas, e que contribui para uma significativa poupança financeira. Além disso, há que estender também o desafio às empresas. Optar por consumir em empresas comprometidas com a sustentabilidade e economia circular deixa nas famílias um sentimento de missão cumprida, ao estarem a unir forças na proteção do meio ambiente.
E, de facto, é só mesmo juntos que podemos fazer a diferença. Cuidar e salvar o ambiente é um emprego a tempo inteiro, mas é, sobretudo, um trabalho em equipa. Neste Dia do Ambiente, que sejamos então uma equipa mais unida e forte para que, nos próximos anos, tenhamos mais motivos para celebrar do que nos preocupar. Assim esperamos.