Por: Filipa Oliveira, Sandrina Tralhão e Vanessa Biel, LEAP Consulting
Eu e os Outros.
“Eu gosto do impossível porque lá a concorrência é menor .”(Walt Disney)
No atual cenário corporativo, exigente em matéria de sustentabilidade e transparência, as empresas enfrentam o ambicioso desafio de alinhar a sua estratégia de negócio aos imperativos ambientais, sociais e de governance (ESG), bem como às expectativas dos stakeholders.
Para melhor integrar o mercado e ganhar vantagem competitiva, é relevante, nos momentos iniciais, realizar o Benchmarking Setorial. E o que é o Benchmarking Setorial? É o processo de comparação de práticas, métricas e resultados da organização, com as melhores práticas estabelecidas pelos concorrentes ou pelos líderes do setor.
Olhando o Benchmarking Setorial, por dentro, identificamos 4 etapas fundamentais no processo:
Definir a amostra – identificar o setor, tendências (inter)nacionais do setor e concorrentes relevantes, garantindo que a análise abrange os aspectos ESG específicos e materialmente significativos.
Compilar dados – analisar relatórios ESG, bases de dados setoriais, literatura e informações regulatórias, para recolha de dados comparativos.
Comparar – avaliar comparativamente o desempenho da empresa em relação aos pares, relevando práticas exemplares e áreas de divergência.
Priorizar – identificar, com base nas etapas anteriores, os temas prioritários assegurando que as análises refletem as expectativas e necessidades do mercado.
A diferença entre ganhar e perder, é muitas vezes não desistir (Walt Disney)
O processo de Benchmarking, trará múltiplas vantagens à operacionalização da Dupla Materialidade, uma vez que:
Identifica temas relevantes – proporciona insights sobre os temas ESG prioritários para o setor, ajudando a alinhar a atuação da empresa com as exigências do mercado e os padrões regulatórios.
Define referenciais de desempenho – facilita a avaliação do posicionamento da organização face aos pares e líderes setoriais, destacando fragilidades e oportunidades de melhoria.
Antecipa tendências e riscos – oferece uma visão clara sobre práticas ganhadoras, emergentes mas, também, potenciais ameaças, ajudando a empresa a posicionar-se estrategicamente.
Apoia a tomada de decisões baseada em dados – garante que os temas materiais identificados sejam suportados por evidências robustas.
Estas vantagens, anteriormente detalhadas incrementam os seguintes benefícios:
Maior conformidade regulatória – identificadas as tendências regulatórias setoriais, as organizações conseguem adaptar-se com maior agilidade e conformidade.
Reputação e credibilidade – quer transparência, quer alinhamento com os padrões setoriais reforçam a confiança de investidores, clientes e de outros stakeholders.
Gestão proativa de riscos – A comparação com líderes de mercado permite a melhor antecipação de desafios relacionados com as mudanças climáticas, a inclusão social e outros temas fraturantes.
Melhoria da competitividade – empresas que adotam práticas ESG alinhadas com as melhores do setor, tendem a ser reconhecidas, sentidas enquanto confiáveis e a destacar-se no mercado.
O Benchmarking Setorial emerge, assim, como uma ferramenta indispensável para a incorporação da sustentabilidade nas práticas organizacionais, de forma eficaz, eficiente e altamente competitiva.
Mas espero que nunca nos esqueçamos de uma coisa: tudo começou com um rato”. (Walt Disney)
Num ambiente corporativo cada vez mais orientado pela sustentabilidade, o Benchmarking Setorial desempenha um papel essencial na análise da Dupla Materialidade, momento em que as empresas definem que caminho pretendem seguir, rumo à sustentabilidade.
Porquê? Porque este processo não só proporciona insights estratégicos sobre os temas ESG mais relevantes para um setor, como também ajuda as organizações a alinharem-se às melhores práticas do mercado. E em convergência, permitem às empresas, que adotam esta abordagem, estarem melhor posicionadas para atender às expectativas dos stakeholders, para antecipar e mitigar riscos e impulsionar um impacto positivo, sólido e duradouro no mundo. Por fim, por toda a adequação, alinhamento e solidez gerados, o Benchmarking alavanca, ainda, reputação e competitividade nas empresas.
Consideramos, assim, ser um passo incontornável e de extrema importância na integração da sustentabilidade pelas empresas.
Tic Tac! O futuro é já hoje!