Por: Nuno Soares, Presidente do Conselho de Administração da Tratolixo
Com o aproximar do final do ano e os olhos postos em 2024, altura em que a recolha seletiva de biorresíduos em Portugal Continental vai ser obrigatória, já a partir de 1 de janeiro, é altura de fazer um balanço e olhar para o futuro. Este é sem dúvida um grande desafio, mas simultaneamente também uma grande oportunidade para atingir o objetivo da neutralidade carbónica.
A TRATOLIXO, em conjunto com os Municípios de Cascais, Mafra, Oeiras e Sintra, prossegue a implementação das medidas conducentes a uma melhor gestão dos resíduos, nomeadamente a sensibilização dos cidadãos e a concretização dos projetos que conduzem a um reforço da economia circular.
A transição para um verdadeiro modelo de gestão circular em matéria de resíduos, onde o resíduo se torna um recurso e contribui para a neutralidade carbónica, é uma responsabilidade compartilhada por todos.
É imprescindível que cidadãos, empresas e instituições públicas e privadas reduzam o consumo desnecessário, optando por produtos de maior qualidade e durabilidade e é igualmente importante que pratiquem a separação de resíduos e adiram ativamente, cada vez mais, à utilização de produtos mais sustentáveis e recicláveis.
Todos devemos ter uma cada vez maior consciencialização de que são muito importantes ações como a participação ativa na gestão seletiva e na separação de resíduos, assim como um crescente envolvimento em iniciativas de economia circular.
Só em conjunto será possível atingir metas e viver num planeta mais sustentável. Há uma mudança sistémica que requer cooperação entre governos, indústria, sociedade civil e indivíduos, bem como investimento em inovação e tecnologia, porque a gestão eficaz de resíduos e a redução das emissões de carbono são cruciais para a sustentabilidade.
A reciclagem, pese embora tenha um longo caminho a percorrer, tem vindo a ser incrementada e a quantidade de resíduos que são colocados nos ecopontos têm vindo a aumentar de ano para ano.
Mas não podemos parar. A meta a atingir, em 2030, exigirá uma considerável ação de todos os intervenientes. Na TRATOLIXO, continuamos focados no nosso trabalho, de que se destaca a operacionalização da nova Central de Compostagem de Resíduos Verdes de Trajouce e o Projeto de Recolha Seletiva de Biorresíduos em Saco Ótico, que consiste na separação de restos de comida produzidos nas habitações e que podem ser colocados em sacos específicos (sacos verdes) criados para este objetivo. Um modelo, pioneiro em Portugal, de recolha seletiva de biorresíduos, que é mais um resultado da aposta da TRATOLIXO em Inovação e Desenvolvimento, tendo sido escolhido pelas suas mais-valias económicas e ambientais.