Por Pilar Codina, Corporate Sustainability Manager, Epson Ibérica
Quando pensamos sobre qual o maior desafio enfrentado globalmente, surge mais do que um problema contemporâneo que parece ser dono da carapuça. No entanto, carece de surpresa que a crise climática que o mundo combate é um dos temas mais fortes, com 55% das pessoas a considerarem as alterações climáticas o maior desafio dos dias de hoje.
Embora em Portugal o número de emissões de dióxido de carbono de origem fóssil esteja a diminuir desde 2017, as consequências deste problema estão longe de estar resolvidas, são devastadoras e conhecidas por todos. O aumento da temperatura do mar, baixos níveis de gelo marinho e os eventos climáticos a que todos assistimos nos últimos anos não deixam dúvidas quanto à necessidade de ação por parte de empresas e pessoas. Mas será que é possível resolvê-los num futuro próximo?
As opiniões divergem entre gerações sobre a possibilidade de ver o problema solucionado no seu tempo de vida. Há as mais otimistas, entre os 35 e os 44 anos (55%), seguindo-se a geração COP, jovens até aos 29 anos que nasceram desde a primeira COP, em 1995. Destes, 49% acreditam poder chegar a ver o fim da crise climática. E, depois, há as mais pessimistas onde se apresentam os indivíduos com idades entre os 45 e 54 anos, em que apenas 42% admitem essa possibilidade. A fé parece escassa na geração com mais de 55 anos, que aparenta não acreditar na resolução próxima, pois apenas 32% creem nesta hipótese. Mas qual delas terá razão?
Num curto ou longo espaço de tempo, a dúvida que não se levanta está na necessidade de agir para reverter a tendência de catástrofe climática. Se há coisas que podemos fazer, como reduzir viagens internacionais (sendo que 32% das pessoas já o fazem e outras 30% planeiam fazê-lo), reduzir o consumo de produtos animais,
boicotar marcas não sustentáveis ou incentivar amigos e família a saber mais sobre a crise climática, a verdade é que existe ainda uma minoria que não tem interesse em fazer nada disto.
Porém, o cenário torna-se mais sorridente quando, através dos resultados, compreendemos que existem medidas tomadas pela maioria das pessoas. É o caso de utilizar mais bens reutilizáveis (68%), reduzir a utilização do plástico (62%), melhorar os hábitos de reciclagem (62%) e andar a pé/de bicicleta com maior frequência (59%).
Como sabemos, não cabe só ao cidadão comum tornar as suas ações mais sustentáveis, uma vez que muitas empresas são as grandes contribuidoras para o deterioramento da situação climática. O que faz com que caía sobre elas uma responsabilidade acrescida nesta causa. O investimento em tecnologias ambientais, por parte das empresas, poderá ajudar a resolver o problema A Epson encara a tecnologia como potenciadora, com produtos concebidos para utilizar menos recursos na produção e na utilização, que duram mais tempo, são mais facilmente reparáveis, podendo ser reutilizados e mais facilmente reciclados. O futuro poderá assentar na tecnologia sem calor, por exemplo.
Outras medidas como reutilizar produtos, reduzir a utilização de recursos, incentivar os colaboradores à prática de atividades ambientais e a compensação do impacto do carbono e do plástico são também apontadas como potenciais soluções dentro das empresas.
Fontes: PORDATA | Barómetro da Realidade Climática da Epson, 2023