Operação “Sintra e os Biorresíduos” arrancou em Colares e União de Freguesias de Sintra
Sintra avançou, esta segunda-feira, com a segunda fase da recolha seletiva de biorresíduos (resíduos alimentares), com o alargamento a localidades da Freguesia de Colares e da União de Freguesias de Sintra, anunciam os SMAS (Serviços Municipalizados de Água e Saneamento) de Sintra.
Seis meses após o arranque do projeto piloto em Rio de Mouro, com o lema “Bio-Recursos: demasiado bons para desperdiçar!”, os SMAS de Sintra arrancam com a Operação “Sintra e os Biorresíduos” que, em 2021, vai abranger 75 mil pessoas, num universo de 25 mil fogos habitacionais.
Segundo os SMAS de Sintra, a Operação “Sintra e os Biorresíduos” representa um “investimento de cerca de 670 mil euros” e viu aprovada uma candidatura ao POSEUR (Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos), no montante de 292.721,55 euros, num eixo de investimento que visa o aumento da recolha seletiva e a valorização de biorresíduos.
Decorrente da obrigatoriedade da recolha seletiva de biorresíduos até ao final de 2023, a operação vai ser implementada, já este ano, na Freguesia de Colares, União de Freguesias de Sintra e algumas localidades de Rio de Mouro, Algueirão-Mem Martins e da União de Freguesias de Queluz e Belas, segundo um comunicado dos SMAS de Sintra.
A recolha seletiva de biorresíduos vai assim ser expandida a localidades como Almoçageme, Azenhas do Mar, Banzão, Casas Novas, Colares, Fontanelas, Galamares, Janas, Mucifal, Pinhal da Nazaré, Praia das Maçãs e Rodízio. Para aderir, os munícipes destas localidades devem preencher formulário disponível em www.smas-sintra.pt ou ligar para 910 443 505. Em breve, serão anunciadas novas áreas abrangidas na Operação “Sintra e os Biorresíduos”.
Os SMAS de Sintra vão promover ainda a recolha seletiva junto de agentes económicos, nomeadamente do setor da restauração, e em estabelecimentos de ensino, com circuito dedicado e recolha porta-a-porta, por se tratarem de produtores de grandes quantidades de biorresíduos.
Segundo o comunicado, em 2022, o novo sistema de recolha vai abranger “mais 70 mil famílias”, envolvendo a “totalidade da área urbana do concelho”, cumprindo em 2023 a obrigatoriedade da recolha seletiva de biorresíduos, englobando as uniões de freguesia de São João das Lampas e Terrugem e de Almargem do Bispo, Pêro Pinheiro e Montelavar.
O projeto desafia os munícipes a efetuarem a triagem dos resíduos alimentares (restos de preparação e confeção de refeições, guardanapos de papel, saquetas de chá, restos de produtos frescos não embalados, como legumes, frutas, carnes, peixe, e pão e bolos). As famílias aderentes efetuam a deposição dos restos de alimentos em sacos verdes produzidos com 100% de plástico reciclado, que serão acondicionados num pequeno contentor castanho (de 7 litros), também distribuídos pelos SMAS de Sintra. O saco deve ser bem fechado e colocado diretamente nos contentores de indiferenciados existentes na via pública.
Os SMAS de Sintra procedem à recolha dos resíduos e à sua entrega na Tratolixo (empresa intermunicipal de Sintra, Cascais, Oeiras e Mafra). Os sacos são depois triados em unidade de tratamento mecânico que, através de sistemas óticos, efetua a separação, permitindo o seu tratamento de forma diferenciada.
Segundo os SMAS de Sintra, os biorresíduos recolhidos serão transformados em composto orgânico ou energia, alavancando-se desta forma poupanças públicas e privadas na gestão dos resíduos urbanos, tendo igualmente em vista as metas preconizadas para o país no PERSU 2020+.