ONU: “Estamos num momento decisivo” para as florestas
“As florestas estão no centro dos nossos esforços”. A declaração é da secretária-geral adjunta da ONU (Organização das Nações Unidas), Amina Mohammed, que falava, esta segunda-feira, no Fórum das Nações Unidas sobre Florestas .
“Estamos num momento decisivo”, reiterou a responsável, sublinhando que “as florestas fornecem funções vitais, inclusive como guardiãs de fontes de água doce e proteção da biodiversidade”. Por isso, “investir em florestas é a chave para a resiliência climática e a recuperação sustentável e resiliente”, defendeu.
A secretária-geral adjunta da ONU disse ainda que as florestas devem ser “adequadamente financiadas”, inclusive por meio do “alívio da dívida dos Estados que devem fazer mais pela proteção da floresta e pela agricultura sustentável em geral”.
Por seu turno, presidente da Assembleia Geral, Volkan Bozkir, reiterou a importância das florestas: “Mais ainda, quando o mundo está enfrentar crises globais abrangente que estão intrinsecamente ligadas à saúde e à sustentabilidade do nosso meio ambiente”. E o impacto da Covid-19 é a prova clara da “má relação” da sociedade com a natureza: “Infelizmente, como sociedade, tendemos a concentrarmo-nos nos sintomas e não nas condições subjacentes. Temos ignorado as mensagens da Terra por muito tempo”.
Relatório
No evento foi dado a conhecer o “Global Forest Goals Report 2021”, que avalia a posição do mundo na implementação do Plano Estratégico das Nações Unidas para Florestas 2030. Embora, haja notáveis progressos em muitas áreas importantes, como é o caso do “aumento da área florestal global”, os estudos revelam que a “deterioração” do ambiente natural é uma ameaça.
“Antes da pandemia, muitos países trabalhavam arduamente para reverter a perda de florestas nativas e aumentar as áreas protegidas destinadas à conservação da biodiversidade”, escreveu o secretário-geral António Guterres no prefácio do relatório, destacando que “alguns desses ganhos estão agora em risco com tendências preocupantes de aumento da desflorestação de florestas tropicais primárias”.