O Centro de Integridade Pública (CIP), ONG moçambicana, considera que o Estado moçambicano poderá não obter “receitas significativas” dos projetos de exploração de petróleo leve e gás natural pela companhia sul-africana Sasol, em Pande e Temane, sul do país.
“Considerando os termos do contrato e a experiência do [anterior] Acordo de Produção de Petróleo [PPA], o CIP entende que as condições estão criadas para um ‘déjà vu’, com o grupo Sasol a beneficiar e o Estado moçambicano sem receita significativa”, refere uma análise da organização, intitulada “Gás Natural de Temane e Petróleo Leve de Inhassoro – Perspetivas de Receitas para o Estado são Sombrias”.
O CIP entende ser bastante abaixo da média mundial o fator de recuperação de 22% proposto pela Sasol para o petróleo leve, face à média mundial de 40%, sendo aceitável o fator de recuperação para o gás, que é de 70%.