“One-Planet Prosperity” é a estratégia a adotar pelas empresas que desejam manter uma vantagem competitiva a longo prazo
Este sábado, dia 22 de agosto, decorre o Earth Overshoot Day (Dia da Sobrecarga da Terra), mais de três semanas mais tarde do que no ano passado, tendo em conta que a pandemia de COVID-19 forçou a desaceleração abrupta das atividades da humanidade. A Schneider Electric e a Global Footprint Network uniram esforços para incitar e alimentar uma conversa estratégica sobre como gerar sucesso empresarial a longo prazo.
O seu E-book conjunto, “Strategies for One-Planet Prosperity” apresenta o enquadramento para que as empresas continuem relevantes num mundo cada vez mais moldado pelas alterações climáticas e pelos constrangimentos de recursos: melhorar o bem-estar da humanidade dentro dos limites do nosso planeta (a “prosperidade de um só planeta“). Tal como é explicado no e-book, esta estratégia dupla está a tornar-se necessária para as empresas construírem a sua vantagem competitiva a longo prazo. A escolha é entre planear atempadamente o apoio às necessidades humanas em termos de bem-estar e segurança de recursos, melhorando assim a sua hipótese de se tornarem resilientes e bem-sucedidas economicamente; ou manter o business-as-usual e tornarem-se irrelevantes.
“Com a recuperação económica necessária na mente de todos, chegou a hora de os empresários e líderes da indústria reconhecerem que a oferta de produtos e serviços que melhoram a capacidade da humanidade para obter sucesso não tem a ver com fazer o bem, mas sim o que é necessário para o seu negócio”, afirma Mathis Wackernagel, fundador e presidente da Global Footprint Network.
O enquadramento de “Prosperidade de um só planeta” foi lançado no ano passado pela Schneider Electric e pela Global Footprint Network. Este ano, os parceiros uniram-se para ilustrar como as empresas cujos produtos e serviços apoiam o sucesso da humanidade a longo prazo – contribuindo para adiar a data do Earth Oveshoot Day – estão melhor posicionadas para se manter relevantes também a longo prazo.
A investigação liderada por estas duas organizações indica, por exemplo, que se 100% dos edifícios e infraestruturas industriais existentes em todo o mundo fossem equipados com tecnologias de eficiência energética e energia renovável, facilmente acessíveis através da Schneider Electric e dos seus parceiros, (assumindo que não haveria mudanças nos hábitos humanos) a data do Earth Overshoot Day poderia ser adiada pelo menos em 21 dias. Isto significa que, por si só, a reabilitação energética faria uma diferença de três semanas. Para dar uma perspectiva adicional, se conseguissmos adiar o Earth Overshoot Day por cinco dias a cada ano, estaríamos de volta à “compatibilidade de um só planeta” antes de 2050, em linha com o Acordo de Paris. O e-book também apresenta outros exemplos de empresas de vários setores da economia cujos modelos de negócios apoiam a “prosperidade de um só planeta”.
O Earth Overshoot Day 2020 foi adiado, mas pelas razões erradas
No Earth Overshoot Day, a humanidade terá utilizado todos os recursos naturais que a Terra pode regenerar durante o ano inteiro – incluindo a capacidade dos ecossistemas naturais para absorver as emissões de carbono resultantes da queima de combustíveis fósseis. Esta data ocorre significativamente mais tarde do que no ano passado, o que reflete uma redução da Pegada Ecológica global de quase 10% entre 1 de janeiro e 22 de agosto (o Earth Overshoot Day). Segundo pesquisas realizadas pela Global Footprint Network, esta redução foi maioritariamente causada pela desaceleração dos setores das viagens e da construção, devido ao confinamento provocado pelo COVID-19 em todo o mundo. As emissões de carbono reduziram-se em 14,5% e a colheita de produtos florestais em 8%.
A queda no consumo de recursos observada em 2020 foi abrupta e inesperada – e uma vez que foi imposta, é de esperar que vá ser temporária. A humanidade continua a exigir tanto da natureza como se vivessemos em 1.6 Planetas Terra.
“Juntos podemos avançar da crise provocada pelo Covid-19 para um futuro que é, por defeito, resiliente e praticável para todos. Um ingrediente essencial é fazer com que a conversa sobre sustentabilidade deixe de ser algo nobre, e passe a ser fundamentalmente necessária. Isto pode ajudar a iniciar uma onda de apoio para com a ‘prosperidade de um só planeta’, a estratégia mais viável que conhecemos. E que é certamente melhor do que a ‘miséria de um só planeta’ “, afirma Olivier Blum, Chief Strategy and Sustainability Officer da Schneider Electric.
O e-book da Schneider Electric e da Global Footprint Network incita os decisores a fazer uma pausa e fazer a eles mesmos a questão estratégica mais relevante para o futuro: “Será que a minha empresa apoia o sucesso da humanidade a longo prazo?”.