O presidente da Câmara Municipal de Oeiras esteve esta segunda-feira na cerimónia de apresentação do Ocean Campus, um projeto da Administração do Porto de Lisboa (APL) – Ministério do Mar para requalificação da Zona Ribeirinha entre Pedrouços, Lisboa e Cruz Quebrada. Isaltino Morais anunciou que o município “está disponível para antecipar o cenário de concretização do programa”, refere o comunicado enviado pela autarquia.
Com três fases de implementação, este projeto, apresentado pela ministra do Mar, pretende intervir no território de Oeiras apenas na segunda fase (2022 – 2026), na qual está previsto “um investimento total de 152 milhões de euros” num hotel, num espaço empresarial, centros de investigação, na Marina do Jamor, na Blue Business
School, assim como em arranjos exteriores ou acessibilidades.
Com o intuito de acelerar o processo, o presidente da Câmara Municipal de Oeiras afirmou que o município “está disponível para antecipar o cenário de concretização que o programa de faseamento prevê” para a requalificação da zona, de modo a que a “primeira e segunda fases possam ser executadas em simultâneo”. Isto significa que as obras em Oeiras podem começar já no próximo ano, comprometendo-se para o efeito, a Câmara Municipal a alocar as verbas e os meios necessários que permitam garantir a componente física que suportará as atividades no cenário urbanístico que se estende até à zona da foz do rio Jamor.
Isaltino Morais anunciou também a requalificação das praias de Algés e Da Cruz Quebrada, estando a trabalhar para a atribuição da bandeira azul nas praias de Paço de Arcos e de Caxias.
A APL não tem planos para o crescimento da atividade portuária no troço da orla ribeirinha de Algés à foz do Jamor, uma situação que permite ao município “consolidar um eixo de recreio, lazer e turismo, integrando polos de investigação científica e desenvolvimento tecnológico de referência a nível internacional, concretizados em
edifícios icónicos, símbolos visíveis da economia do conhecimento, marcos na paisagem da entrada da barra do Tejo”, disse o autarca.
De acordo com o presidente do Município, o conceito Ocean Campus, “constitui uma base programática a desenvolver, para harmonizar as vontades da Autarquia e da APL – Ministério do Mar, consolidando uma versão comum do futuro, para um território que, do ponto de vista funcional, é indissociável do restante território municipal, integrando-se na estratégia de desenvolvimento subjacente à marca Oeiras Valley”.
Apresentado pela ministra do Mar, o Ocean Campus, ou Campus do Mar, trata-se de um projeto que abrange 64 hectares de área de intervenção e que visa criar um campus de Investigação, Desenvolvimento e Inovação (ID&I) internacional de atividades ligadas ao mar, bem como “agregar, sob a temática do mar, vários organismos, serviços e instituições públicas, polos universitários, laboratórios de investigação, unidades âncora para desenvolvimento de novos modelos de relacionamento. A ministra Ana Paula Vitorino disse que este projeto pretende posicionar Portugal num “espaço de referência no contexto internacional nos domínios das ciências marítimas e marinhas e à economia azul”.
Na cerimónia, foi ainda lançado o concurso público para a concessão de exploração da Marina de Pedrouços e inaugurada a “ciclovia do mar”, que liga Lisboa a Oeiras.