Hoje, 8 de junho, é Dia Mundial dos Oceanos. Desde 2008 que a data é assinalada com diversas iniciativas por todo o planeta. Uma das mais visíveis ocorre em nova Iorque: todos os anos, o Empire State Building é iluminado com as cores branco, azul e roxo, representando as diferentes camadas do oceano.
Em final de mandato, o sul-coreano Ban Ki-moon ficará historicamente ligado à questão da salvaguarda dos oceanos, refere o Negócios. Foi durante a sua vigência que o dia mundial foi instituído. Por outro lado, em 2015, o tema foi incluído na chamafa Agenda 2030, como um dos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável que devem guiar os países para alcançar o que poderemos chamar de um mundo melhor.
Os alertas das Nações Unidas são constantes e repetidos. Este ano, consideram-se “os oceanos como o coração do nosso planeta”. Porque, tal como o sangue, conectam “os povos de todo o mundo”. E insiste-se que “também regulam o clima, alimentam milhões de pessoas, produzem oxigénio, são o habitat de uma grande variedade de seres vivos”.
A vida marinha é, aliás, o problema subjacente ao principal alerta da ONU este ano. Sob o lema “Oceanos saudáveis, planeta saudável”, a informação oficial foca-se na necessidade de travar a contaminação dos mares pelos plásticos.
Algumas atividades continuam também na mira das Nações Unidas. Em grande medida, todas as que contrariam a Economia Azul e que os países subscreveram também no ano passado, no 14º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável, incluído na Agenda 2030, com que se assinalou o 170º aniversário da organização.
Contra a economia sustentável do mar são denunciadas atividades como a “pesca ilegal, práticas agrícolas insustentáveis, a contaminação marinha e a destruição do habitat de espécies exóticas”. O prejuízo é ainda maior com problemas como “as alterações climáticas e a acidificação dos oceanos”.
Os cálculos da ONU apontam para que os recursos marinhos, costeiros e industriais representem 5% do PIB global, sendo também dado assente que os oceanos são o maior recurso de proteína do mundo, sendo fonte primária de alimentação para mais de três milhões de pessoas.
Por fim, há sempre a questão ambiental, já que os oceanos cobrem três quartos da superfície da Terra e contêm 97% da água do planeta. E absorvem ainda cerca de 30% do dióxido de carbono produzido, atenunando assim os impactos do aquecimento global.