Na Nazaré existe um Centro Bio Marinho de última geração que é uma espécie de maternidade onde um conjunto de cientistas cria as condições necessárias à aquicultura regenerativa de bivalves. Desenvolvido pela Oceano Fresco, este piloto tem o objetivo de reativar as espécies autóctones europeias de amêijoas e levar aos consumidores uma proteína de origem 100% sustentável.
Depois do período de incubação na Nazaré, “os bivalves são transportados para outra infraestrutura pioneira a nível mundial – um viveiro em mar aberto no Algarve – com capacidade para produzir 600 toneladas de amêijoas por ano”, refere a startup, num comunicado.
A visão disruptiva sobre alimentação sustentável já valeu à Oceano Fresco a conquista de várias rondas de investimento em parceria com a BlueCrow Capital, Semapa NEXT, Aqua-Spark e com a GoParity, uma plataforma de investimentos sustentáveis para projetos sociais e ambientais. O projeto arrancou em 2020 e em 2021 já saíram do Centro Bio Marinho da Nazaré, em direção ao viveiro em águas abertas, mais de 50 milhões de sementes de amêijoa, que em 2023 chegarão aos mercados português e espanhol, lê-se no mesmo comunicado.
Neste projeto pioneiro, sustentado em “investigação e tecnologia”, todos os processos de gestão estão suportados na mais recente plataforma tecnológica desenvolvida pela PRIMAVERA BSS – a V10. “Esta solução integrada de gestão suporta todas as operações comerciais, contabilísticas e financeiras, logísticas e de gestão de ativos, assim como todos os processos de gestão de recursos humanos, reporting fiscal e reporting de gestão. Entre os processos digitalizados, destaca-se toda a área de compras, através de uma solução cloud de procurement que permite uma comunicação online em tempo real entre todos os intervenientes no processo”, refere a empresa.
“Procurávamos solidez e flexibilidade e encontrámos isso na PRIMAVERA: a solidez desta solução dá-nos confiança na informação gerada e a sua flexibilidade permitiu moldar o sistema às necessidades deste projeto tão ambicioso, particular e único. Temos agilidade processual e informação rigorosa, fidedigna e de acesso imediato, algo que é essencial num projeto desta natureza”, declara Frederico Reis, administrador Executivo da Oceano Fresco.
A trabalhar com várias empresas de referência na indústria alimentar, como as Conservas Ramirez, a Bell Portugal, a Vitacress, ou a Carnalentejana, a PRIMAVERA BSS associou-se também a este projeto de referência mundial “com grande orgulho e sentido de missão de contribuir para um consumo cada vez mais consciente e sustentável”, destaca David Afonso, vice-presidente da tecnológica.
“Acreditamos imenso neste projeto e estamos empenhadíssimos em colocar a nossa melhor tecnologia ao serviço de todos os gestores da Oceano Fresco, dando-lhes informação que lhes permita controlar todos os processos, garantir agilidade, acompanhar a performance e obter informação fidedigna de apoio à decisão em tempo real. Todo o projeto vive de sofisticação tecnológica e no que se refere aos sistemas de apoio à gestão, também aqui colocamos todo um sistema de gestão integrado sofisticado, do qual destacaria uma solução cloud de procurement que garante total colaboração, rapidez e eficiência dos processos de compra”, conclui o responsável.
Constituída por cerca de 40 profissionais de várias nacionalidades, a Oceano Fresco surge com o propósito de mudar o paradigma para uma economia azul alicerçada na sustentabilidade dos oceanos. Com a comercialização de ameijoas prevista para 2023, a Oceano Fresco prepara-se para lançar, em larga escala, as suas operações comerciais, começando com variedades de espécies premium de amêijoas nativas da Europa e espera atingir nove milhões de euros em vendas em menos de três anos, principalmente nos mercados português e espanhol.