O Oceanário de Lisboa anuncia em comunicado novos residentes: os “dragões-marinhos-folhosos”. Estes peixes encontram-se no aquário dedicado aos dragões-marinhos integrado na Galeria do Sul.
Para Núria Baylina, curadora e diretora de Conservação do Oceanário, “dar a conhecer esta espécie endémica da Austrália e, por isso, inacessível ao olhar do cidadão-comum, promove a sensibilização dos visitantes para a biodiversidade marinha e para a fragilidade dos ecossistemas”. Ressalva ainda que “apesar de classificada como ‘pouco preocupante’ na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza, os dados existentes apontam para um declínio das populações desta espécie principalmente devido à perda e degradação dos habitats costeiros mas também devido à sua pesca acidental”.
O dragão-marinho-folhoso tem vários apêndices em forma de folha ao longo do corpo, que o tornam parecido com algas. Este peixe, aparentado dos cavalos-marinhos, existe apenas no sul da Austrália e é alvo de restritas medidas de proteção por parte das autoridades australianas. Lê-se no comunicado que a principal ameaça ao dragão-marinho-folhoso é a “degradação do habitat. É uma espécie costeira que vive perto de macroalgas e pradarias marinhas. Estes habitats têm vindo a ser afetados por atividades humanas e pelo desenvolvimento costeiro, como a poluição e descargas de efluentes”.
Ao receber estes peixes, o Oceanário de Lisboa vai continuar a aprofundar o conhecimento científico sobre esta espécie, da qual ainda se sabe pouco, e a educar para a conservação deste grupo de animais com características únicas que os tornam especialmente vulneráveis à ação humana.