O Oceanário de Lisboa irá apoiar financeiramente um projeto de conservação, na região de Barcelos, no Rio Negro (Amazónia, Brasil), cuja missão é promover a sustentabilidade ambiental e social na captura e comercialização de peixes ornamentais. O projeto PIABA ao promover esta atividade contribui para a conservação das florestas tropicais da Amazónia, através dos seus habitantes, incluindo um grande número de tribos.
Os Piaberos, povo ribeirinho da região que se dedica à pesca artesanal de peixes ornamentais ao longo do Rio Negro, capturam os peixes à mão. Os peixes não desejados são libertados imediatamente no seu habitat natural.
Para 80% da comunidade deste município do Brasil, o comércio de peixes ornamentais é a principal fonte de subsistência. Esta atividade gera, anualmente, cerca de 4 a 5 milhões de dólares para a economia local o que representa 60% do rendimento deste município.
Através da exposição temporária “Florestas Submersas by Takashi Amano”, o Oceanário de Lisboa pretende sensibilizar para a importância da conservação dos ecossistemas tropicais, e com o financiamento a este projeto possibilita a formação e treino das comunidades locais, gerando benefícios e uma cultura de boas-práticas ambientais diversas.
“Financiamos pelo segundo ano consecutivo o Projeto PIABA, porque acreditamos no trabalho que realizam junto das comunidades ribeirinhas mas também de todos os atores envolvidos nesta atividade. Há 25 anos que trabalham para direcionarem a comunidade para práticas sustentáveis de pesca, afastando-as de atividades com grande impacto para a floresta tropical, como a agricultura ou exploração de madeira. É importante ressalvar que os peixes ornamentais capturados nesta região são os primeiros a obter a certificação de “Indicação Geográfica Protegida”, garantindo a origem e método de captura, a quem os adquire”, refere a Curadora do Oceanário, Núria Baylina.