O Oceanário de Lisboa é o primeiro aquário da Europa a ter sucesso na reprodução da uge-redonda, Taeniura grabata. Esta espécie consta da Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza como não tendo informação suficiente para lhe ser atribuído um estatuto de conservação.
O casal de uges-redonda chegou ao Oceanário há 16 anos atrás e reproduziram-se pela primeira vez em 2015. Nasceram quatro pequenas uges-redonda, um macho e três fêmeas. Cada um destes juvenis tem um padrão caraterístico que os distingue mas que desaparece à medida que crescem, tornando-se a coloração castanha escura e homogénea. Assim, foi colocado um chip que que ao ser lido por um scanner permite aos biólogos identificarem as raias. Este procedimento possibilita o controlo da população desta espécie entre aquários.
Duas fêmeas destes juvenis de uge-redonda foram enviadas para o Aquário de Génova, em Itália.
Segundo o Ocanário, os aquários têm um papel fundamental na conservação da biodiversidade marinha, através do aumento do conhecimento científico de espécies pouco estudadas no seu habitat natural. As pesagens e medições frequentes dos juvenis têm permitido a recolha de dados, até agora, inexistentes sobre o crescimento e o desenvolvimento desta espécie.