O Oceanário de Lisboa e a Fundação Oceano Azul lançam a terceira edição do “Fundo para a Conservação dos Oceanos”, com um investimento de 150 mil euros para projetos dedicados à conservação de invertebrados marinhos. Este fundo privado que “investe exclusivamente na conservação da biodiversidade marinha já atribuiu, desde a primeira edição, um valor total de 250 mil euros”, lê-se em comunicado.
Sob o tema “Invertebrados Marinhos. Proteger no mar, o futuro na Terra”, a edição deste ano vai apoiar projetos de conservação dirigidos a espécies pertencentes a este vasto grupo de animais. Sabe-se que cerca de 97% do número total de espécies de animais existentes são invertebrados. No entanto, estima-se que apenas 10% dessas espécies são conhecidas.
Os invertebrados formam populações-chave em todos os ecossistemas do planeta, particularmente nos ecossistemas marinhos. No entanto, apesar do esforço na conservação ser cada vez maior, ainda há grandes lacunas no que diz respeito ao conhecimento e conservação deste grupo tão vasto de espécies marinhas, que se encontram muitas delas ameaçadas pela pesca e exploração excessiva, destruição de habitats, alterações climáticas, poluição, entre outras.
Segundo Núria Baylina, curadora e diretora de Conservação do Oceanário de Lisboa, “espécies como o cavaco ou o coral-vermelho têm vindo a sofrer uma exploração excessiva e as populações têm diminuído drasticamente ao longo do tempo. Muitas outras espécies de invertebrados marinhos, como os ouriços-do-mar e os pepinos-do-mar, têm vindo a ser exploradas para consumo humano, no entanto, o estado das suas populações é desconhecido. Estas são algumas das razões pelas quais este grupo de animais merece especial atenção”.
O Fundo conta com duas edições já concluídas. A primeira edição, sob o tema “Raias e tubarões. Da escuridão para a luz da ciência”, financiou três projetos no valor total de 100 mil euros. A segunda edição teve como tema “Espécies Marinhas Ameaçadas. Da Ciência para a Consciência”, e financiou dois projetos no valor total de 150 mil euros.
O Oceanário de Lisboa e a Fundação Oceano Azul pretendem com esta terceira edição do FUNDO, não só promover a proteção de espécies de invertebrados marinhos, através de financiamento e de apoio ao conhecimento científico, mas também sensibilizar para a importância do equilíbrio do oceano, partilhando a visão de que a conservação do oceano é uma responsabilidade de todos.