Desde este domingo, dia 24 de setembro, o Oceanário de Lisboa associa-se mais uma vez à 15ª Annual Sea Otter Awareness Week. Esta iniciativa conta com a participação de vários aquários de todo o mundo, entre os quais o Aquário de Monterey, Aquário de Vancouver, Aquário de Copenhaga, e outras entidades, que se juntam com o objetivo de promover o conhecimento e sensibilização para a conservação das lontras marinhas.
Durante esta semana, o Oceanário de Lisboa desafia os visitantes a conhecerem melhor as lontras-marinhas. No habitat do Pacífico, junto da Micas e da Maré, pode-se encontrar um educador marinho, das 11h às 13h, que vai responder a todas as perguntas com diversas atividades e curiosidades, como a rotina das lontras no Oceanário, o que é que estas comem e a importância deste mamífero para o ecossistema onde vive.
Para Núria Baylina, curadora e diretora de Conservação do Oceanário de Lisboa, “as lontras marinhas têm um papel fundamental nos ecossistemas marinhos onde vivem. Esta espécie é considerada «Em Perigo» pela União Internacional para a Conservação da Natureza e, sendo uma das espécies que os visitantes do Oceanário têm oportunidade de conhecer no nosso espaço, estamos muito satisfeitos por, uma vez mais, nos podermos juntar a esta iniciativa e promover o conhecimento acerca destes mamíferos sensibilizar para a sua preservação.”
O animal com mais pelo do planeta
A lontra-marinha, Enhydra lutris, está muito bem adaptada à vida no mar e, ao contrário da maioria dos mamíferos marinhos, não tem uma camada de gordura espessa debaixo da pele que a isole do frio. No entanto, é o animal com mais pelo do planeta, com cerca de 155 mil pelos por centímetro quadrado. Passa grande parte do dia a tratar do pelo, espalhando uma gordura que prende as bolhas de ar, o que a mantém seca e protegida do frio.
Tem também um metabolismo muito acelerado (para manter a temperatura) e por isso precisa de comer, todos os dias, o equivalente a 30 por cento do seu peso, o mesmo que um humano adulto comer 100 hambúrgueres por dia. Este mamífero pode passar a vida na água, inclusive durante a reprodução e a gestação, de seis meses, que pode ser prolongada se as condições ambientais não forem favoráveis.
Para mais informações sobre esta iniciativa, consulte www.seaotterweek.org