Os sábios da Antiga Grécia viam o unicórnio como um ser real que vivia lá longe, na Índia, e mágico também: o seu corno tinha extraordinários poderes curativos. Talvez por isso, o mito perdurou no imaginário dos povos, povoou a literatura e os filmes e encheu de belas ilustrações os livros infantis. Só que o unicórnio, aquele a que chamam siberiano, existiu mesmo e a descoberta de que afinal não se extinguiu há 350 mil anos, como se pensava, mas apenas há cerca de 29 mil anos pode afinal ajudar a explicar uma das possíveis origens do mito: nessa altura, já o Homo Sapiens andava há muito por toda a Eurásia.
Foi a descoberta na região de Pavlodar, no Cazaquistão, de fósseis bem preservados de Elasmotherium sibiricum, o tal unicórnio siberiano, um velho parente dos modernos rinocerontes, que tinha um corno de grande dimensão a sair da parte superior do focinho que trouxe à luz do dia a nova peça do puzzle dos mamíferos pré-históricos.
O ahcado foi datado por radiocarbono pelos paleontólogos Andrey Shpanski, da Universidade Estatal de Tomsk, na Rússia, e Valentina Aliyassova, do Instituto Universitário de Pavlodar.
Ao contrário do belo cavalo branco do mito, o unicórnio siberiano seria um animal entroncado, a lembrar os seus primos modernos, mas maior ainda: dois metros de altura por 4,5 de comprimento, quatro toneladas e um corno único que se elevava a partir do focinho, com algumas dezenas de centímetr
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