O que mudou na reciclagem em Portugal nos últimos 20 anos?
A Reciclagem faz 20 anos em Portugal, depois de se ter criado em 1996 a Sociedade Ponto Verde (SPV). Há duas décadas atrás ainda não se falava em reciclagem de resíduos de embalagem, um hábito que hoje já faz parte do quotidiano de quase três quartos dos portugueses. Ao longo de 20 anos foram reciclados 6,8 milhões de toneladas de resíduos através da Sociedade Ponto Verde.
Reciclar – reduzir – reutilizar, um princípio que deu origem a um novo comportamento ecologicamente responsável. Há 20 anos, com a constituição da Sociedade Ponto Verde, arrancou em Portugal a reciclagem de resíduos de embalagens, o que mudou a política ambiental do país.
Ao longo deste tempo, os hábitos dos portugueses foram mudando “e hoje já se pode dizer que Portugal tem das infraestruturas mais evoluídas do mundo em termos de valorização de resíduos”, segundo a associação.
Em 1998 foram enviadas para reciclagem cerca de 1500 toneladas de embalagens. Em 2005 quase 385.000. Em 2010 mais de 667.000 e cinco anos depois rondava as 730.000.
A SPV nasceu para gerir os resíduos de embalagens e investiu desde a sua fundação “50 milhões de euros em comunicação e sensibilização para o encaminhamento correto desses resíduos”, tendo a recolha seletiva passado de desconhecida, a comportamento regular de 71% dos portugueses em 2015.
Em 2000, o verbo reciclar era desconhecido para a maioria da população portuguesa, mas, três anos mais tarde “já 38% fazia recolha seletiva através da utilização dos três ecopontos”. Em 2007 esse número quase duplicou, registando os 60%.
Os portugueses alteraram os seus hábitos e 20 anos depois Portugal já separou e enviou para reciclagem quase 7 milhões de toneladas de resíduos de embalagens, o equivalente ao peso de três Pontes Vasco da Gama.
“O desafio para os próximos anos é aumentar a quantidade de embalagens separadas corretamente e a redução dos erros de separação, de modo a maximizar a valorização destes resíduos através da reciclagem ao mesmo tempo que se reduzem os custos”, lê-se na página da SPV.