O Pátio da Água “vai um bocadinho mais além na sustentabilidade” através da compostagem
O Pátio da Água está de regresso a Lisboa, desde ontem, este ano fixo e móvel, 100% sustentável, pela mão da EPAL em iniciativa conjunta com a Câmara Municipal de Lisboa (CML) e a Lisboa E-Nova. Além da promoção do consumo de água da torneira, esta edição realiza a compostagem de modo a promover também a valorização dos resíduos urbanos, integrando o projeto Lisboa a Compostar.
Depois de alguns anos a ser um Pátio fixo, na sede da EPAL, em plena Avenida da Liberdade, o Pátio da Água percorreu a cidade “estacionando” em várias zonas através de carrinhas pão-de-forma para o efeito — projeto “Água sobre Rodas”.
José Sardinha, presidente da EPAL, explica que: “Este ano o Pátio da Água amplia-se. A primeira vez que o iniciámos foi precisamente aqui e foi fixo. Interrompemos, nos anos seguintes, devido à dinâmica da cidade de Lisboa, nomeadamente, com a reconstrução urbana que ocorreu na zona. Mas depois seguimento ao desafio com os Pátios da Água móveis.”
Além disso, acrescentou-se um pequeno espaço interior no Pátio fixo onde se podem adquirir as garrafas da EPAL (vidro ou plástico reutilizável) e que estará aberto já depois de os Pátios fecharem a 15 de setembro. Ali, os visitantes poderão beber chá feito a partir da água da torneira com o objetivo de levar a iniciativa além do verão. Ainda este mês haverá também um show cooking com o Chef Chakall.
Compostar os resíduos produzidos
Este ano o Pátio existe de ambas as formas e “vai um bocadinho mais além na sustentabilidade”, realça o presidente. É que “todos os resíduos orgânicos produzidos no Pátio da Água vão ser compostos, dando origem a um composto que no final da iniciativa servirá para adubar os jardins de escolas da cidade de Lisboa”.
Maria Santos, representante da CML e da Lisboa E-Nova, acrescentou que a iniciativa visa “promover o consumo da água da torneira, simples ou aromatizada, valorizando a excelente qualidade de água para consumo distribuída no município”. Adianta que a edição deste ano “tem uma particularidade que para nós é extremamente gratificante porque é a componente da sustentabilidade a 100%”.
Quanto ao facto do composto gerado servir para a plantação de árvores nas escolas, Maria Santos atenta que “num ano em que estamos a preparar a Capital Verde Europeia 2020 é extremamente importante envolver o público mais jovem na perspetiva de uma educação para o Ambiente e a Sustentabilidade”.