Este é um ponto assente para o ministro do Ambiente relativamente à privatização das águas. Durante as comemorações dos 150 anos da EPAL, o ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, enfatizou o trabalho público na gestão das águas do país. Para o responsável, a EPAL é um exemplo de que “o Estado sabe gerir se se souber organizar para que o faça” não esquecendo “de criar valor” e tendo a noção do “significado de curto e longo prazo”.
Relativamente à EPAL, o governante relembrou que muito poucas empresas públicas ou privadas se podem orgulhar de fazerem 150 anos. Seguidamente o responsável evidenciou a dimensão da EPAL que serve hoje 30% do país, abrangendo 88 municípios, parte deles somente ao nível do abastecimento de água para os seus reservatórios. Para João Matos Fernandes, “são 3,5 milhões de pessoas servidas pela EPAL, num modelo de virtudes, a um preço justo, com uma dicotomia económica/financeira viável”. Para o responsável a EPAL, que tem a responsabilidade de sistemas multimunicipais ao longo do país, “deu o exemplo da gestão e quem deu um salto nesta área, construindo, gerindo e explorando”. Por outro lado também evidenciou a “semente da internacionalização” assim como o duplo exemplo ao nível do “gestão do setor da água e gestão pública”. Para o ministro do Ambiente este é um ativo importantíssimo da empresa e do país, pois para estes exemplos são conseguidos “num setor chave para o país e na venda de um recurso escasso”. O ministro do Ambiente participou ontem numa cerimónia comemorativa dos 150 anos da EPAL, no Reservatório da Mãe d’Água das Amoreiras.