A NTT DATA Portugal, empresa de consultoria de negócio e serviços IT, anunciou uma parceria com a OneTrust, plataforma de privacidade, segurança e governance, para aumentar e otimizar a oferta de estratégias de sustentabilidade para as empresas/clientes.
A Ambiente Magazine esteve à conversa com Rita Queiró, Sustainability Lead & Senior Business Consultant da NTT DATA Portugal, para saber mais sobre esta novidade e a própria garante que a parceria “vem responder a uma necessidade de mercado de assegurar que a sustentabilidade nas organizações tem um rumo próprio”, juntando os serviços da NTT DATA Portugal e o produto OneTrust, que se destaca pela sua “flexibilidade, simplicidade, automação e facilidade de utilização”.
Na prática, haverá “uma forma de trabalhar iterativa e colaborativa”, onde a NTT DATA Portugal “apoia as organizações não só na definição das suas estratégias de sustentabilidade, como também na respetiva implementação e monitorização”, e o produto da OneTrust é aplicado, de forma a “acrescentar valor na ótica de estruturação e tratamento de informação”.
“Enquanto solução tecnológica, disponibiliza uma visão holística e integrada dos dados, dando a possibilidade ao utilizador de organizá-los, analisá-los e reportá-los”
E quem pode usufruir dos serviços da NTT DATA Portugal, agora reforçados com o produto da OneTrust? As empresas de grande dimensão, nos setores de banca, seguros, utilities, saúde, tecido industrial e administração pública, desde que tenham o perfil direcionado para a atividade da consultora (jornada end-to-end da sustentabilidade).
Os “três grandes desafios” que as empresas enfrentam
O primeiro grande desafio, diz Rita Queiró, está na “compressão do que é sustentabilidade no mundo corporativo”, pois muitas empresas “olham para a temática como apenas e só uma despesa e uma obrigação de reporte, e não a encaram como uma responsabilidade”.
O segundo é “definir o ponto de partida”: “uma dificuldade sentida pelas empresas passa por planear, orquestrar e priorizar as atividades deste processo, compreendendo o que pode e deve ser transformado e adaptado primeiro”, explica.
Por último, fala-se de talento, ou seja, de conhecimento e especialização necessários para tratar temáticas da sustentabilidade. Mas “a compressão e aplicação de práticas ESG (Ambiente, Social e Governance) no mercado português tem evoluído”, garante a responsável, que, apesar disso, não nega um caminho longo ainda a percorrer.
“Este é um processo que requer imperativamente a mudança do mindset organizacional e tem influência em diferentes frentes empresariais, passando por alterações estratégicas, culturais, operacionais e tecnológicas”
O papel da NTT DATA Portugal passa por “relembrar que cada um destes conceitos [práticas ESG], individualmente, existe há muito tempo e é de conhecimento comum”. De seguida é fundamental “introduzi-los como um construto”, salientando o “impacto que têm através de ações corporativas” e dando “sentido de responsabilidade” ao cliente para os seguir.
“Esta introdução ESG nas empresas deverá ser transversal a todas as pessoas e orientada às diferentes áreas e camadas hierárquicas, assegurando inclusivamente o entendimento e compromisso do board“, conclui Rita Queiró.
O futuro da sustentabilidade nas empresas
“Existem diferentes razões que nos fazem crer que as empresas se tornem cada vez mais conscientes da importância da sustentabilidade e trabalhem para incorporar as suas práticas nas operações e estratégias de negócio”, começa por dizer.
A verdade é que as metas 2030 e 2050, colocadas para União Europeia em relação a Ambiente, Clima e Sustentabilidade, são “forças” para incentivar as corporativas a adotar um comportamento mais direcionado, além da “crescente competitividade na temática, do aumento da pressão social, em especial por parte das novas gerações, e da exigência crescente dos investidores”.
Por: redação Ambiente Magazine