Novo projeto da Génese Natural vai evitar seis mil toneladas de CO2 por ano
A cidade de Faro, em breve, vai acolher a Central Fotovoltaica de Santa Bárbara de Nexe, onde se estima uma produção anual de 24 GWh, que permitirá alimentar o equivalente a cerca de sete mil habitações, evitando emissões de mais de seis mil toneladas de CO2 por ano.
O lançamento da primeira pedra aconteceu na semana passada e representa o “culminar de um longo processo que foi iniciado em 2016”, tornando-se assim no principal investimento da Génese Natural para este ano, afirma Rogério da Ponte, representante da Génese Natural.
A empresa que atua na área das energias renováveis e sustentabilidade vai investir 13 milhões de euros na construção e desenvolvimento desta Central Fotovoltaica, passando posicionar-se como produtora de energia renovável de origem solar. “Após mais de 20 anos de atividade enquanto promotores no setor das energias renováveis e, mais especificamente, no setor fotovoltaico, este projeto representa a entrada da Génese Natural no setor da produção de energia elétrica proveniente de fontes de energia limpa, renovável e amiga do ambiente, em Faro”, refere o responsável, em declarações à Ambiente Magazine.
A construção da nova central fotovoltaica, que ocupa uma área bruta de cerca de 24 hectares, já está a decorrer e contempla, de acordo com o engenheiro, a “instalação de 13MWp de painéis bifaciais de duplo vidro, com uma vida útil superior a 30 anos”, que corresponde a “mais de 24 mil painéis solares de 540Wp de células bifaciais, distribuídos por 14 hectares”. Além disso, foram selecionados “componentes de elevada qualidade para o resto do sistema”, como por exemplo os “inversores fotovoltaicos e a estrutura fixa”.
No âmbito deste projeto, Rogério da Ponte refere assegura que não está previsto um “grande impacto local sobre o ambiente”, uma vez que foi tido um “especial cuidado na conceção da central” de modo a “minimizar o seu impacto no habitat natural”, incluindo a “preservação de uma grande área de proteção destinada à manutenção da biodiversidade existente e a manutenção de corredores naturais contínuos” entre as zonas principais do parque fotovoltaico: “Iremos também incentivar o acesso futuro ao terreno para a produção local de apicultura e ovelhas, como forma de manter a vegetação e a qualidade dos solos através do caminho natural da pastagem”. Além disto, a central fotovoltaica não produzirá ruído e não utilizará água, assegura o responsável.
Apesar de não haver mais investimento da Génese Natural para este local e a nível de capacidade fotovoltaica, o responsável adianta que, durante os próximos anos, a empresa esta a licenciar várias centrais de produção de Hidrogénio Verde para consumo industrial: “Prevemos que esta tecnologia vai ganhar importância por proporcionar maior disponibilidade de eletricidade e energia durante 24h, aumentando assim a estabilidade da rede elétrica nacional”, remata.