Novas plantações de eucalipto só substituindo as de áreas ambientais
O ministro da Agricultura, Capoulas Santos, anunciou esta quinta-feira no final do Conselho de Ministros extraordinário dedicado à floresta, que para o eucalipto, a decisão do Governo é travar a expansão, mas “aumentar a produtividade de matéria-prima”.
O responsável salientou que neste momento, o eucalipto é a espécie dominante no panorama florestal, numa área total que ronda os 900 mil hectares, mas é também “matéria-prima de grande importância para a indústria da pasta de papel”, produto que o país exporta.
Segundo Capoulas Santos, serão possíveis “novas plantações, mas terão de ser por compensação de áreas de eucalipto entretanto abandonadas”. “Desde que a área geral de plantação seja mantida”, acrescentou.
Nesta quinta-feira, o Governo aprovou uma série de diplomas para a reforma da floresta, entre os quais se conta a criação de um banco de terras onde serão integrados os terrenos do Estado e aqueles que não têm dono reconhecido.
As medidas agora aprovadas pelo Governo vão ser submetidas a um processo de discussão pública a partir de dia 7 de novembro e até ao final de janeiro do próximo ano, refere o Negócios.
Entre outras medidas, o Executivo quer ainda criar um fundo de mobilização de terras, constituído a partir das receitas da venda e arrendamento das propriedades do banco de terras e desenvolver um sistema de informação cadastral simplificada.