Nova SBE promove programa inovador de restauro e conservação da floresta de mangais em Moçambique

MozambES (o programa de cariz ambiental e social que propõe a conservação e restauro da floresta de mangal em Moçambique) já conseguiu recuperar cerca de 18 hectares de floresta e envolver mais de 200 habitantes locais na recuperação e conservação da floresta na província de Sofala, em Moçambique.

O projeto, desenvolvido pelo Nova SBE Environmental Economics Knowledge Center em parceria com a Nova IMS, a Universidade Eduardo Mondlane e o Comité de Gestão dos Recursos Naturais de Nhangau, promove o envolvimento ativo dos residentes locais e, através de compensações financeiras, incentiva o restauro e a conservação ambiental. As comunidades locais – organizadas em grupos de poupança e crédito rotativo que apoiam economicamente os habitantes locais através da facilitação de créditos, edução financeira e desenvolvimento de capacidades empreendedoras – encontram-se já em plena atividade na comunidade de Nhangau, próxima da cidade de Beira, distribuídas por 10 grupos de poupança e crédito.

Para ajudar a gestão das suas atividades, o projeto disponibiliza aos participantes no programa de restauro, pequenos apoios financeiros e, em contrapartida cada grupo (com o envolvimento de todos os participantes) tem o dever de replantar uma área pré-designada da floresta devastada assegurando também a sua boa manutenção. A monitorização de todo o projeto é assegurada pelo Comité de Gestão dos Recursos Naturais de Nhangau em colaboração com o Prof. Alberto Charrua (investigador responsável pela implementação do programa e professor na Universidade de Licungo na Beira).

As florestas de mangal são ecossistemas tropicais únicos que trazem inúmeros benefícios às populações locais e à sociedade em geral: possuem uma elevada capacidade de sequestro de carbono, servem como importantes zonas de berçário para diversas espécies de peixe e marisco, têm um valor cultural significativo e protegem as áreas costeiras dos impactos de eventos climáticos extremos, cada vez mais frequentes na região central de Moçambique.

Além de sua extrema importância na mitigação e adaptação às alterações climáticas, as florestas de mangal, que enfrentam inúmeras ameaças globais devido à expansão urbana e às atividades de exploração extrativa, desempenham ainda um papel crucial no apoio às atividades económicas das comunidades locais.