Centenas de pessoas realizaram esta quarta-feira protestos no estado brasileiro do Amapá, na região norte do país conhecida por abrigar a floresta amazónica, após o registo de um novo apagão de energia em 13 cidades, noticiou a agência Lusa.
Moradores de Macapá, capital do Amapá, e também do município de Santana, realizaram diversos protestos localizados na noite de terça-feira, que avançaram pela madrugada de quarta-feira para expressar o seu descontentamento com problemas na rede elétrica, segundo informações dos ‘media’ locais.
Esta quarta-feira, o estado brasileiro do Amapá chegou ao 16.º dia com problemas na distribuição de energia elétrica.
Em nota, à qual a Lusa teve acesso, o Ministério de Minas e Energia do Brasil disse que os eventos na noite de terça-feira foram causados por uma instabilidade ocorrida “em virtude do desligamento automático do transformador da subestação de Macapá e da Usina Hidrelétrica Coaracy Nunes”.
“Às 21:26 [de terça-feira, horário do Brasil] iniciou-se, novamente, a recomposição gradual do sistema e o fornecimento de energia ao estado foi recuperado com sucesso e se encontra no patamar de 80% de sua capacidade, mesmo cenário apresentado antes da ocorrência”, frisou.
O Governo brasileiro acrescentou que as causas da ocorrência estão a ser investigadas e garantiu que “está envidando todos os esforços para a recomposição do fornecimento de energia elétrica para todos os consumidores do Amapá, o mais rápido possível”.
O problema no fornecimento de energia no Amapá começou no dia 3 devido a um incêndio numa subestação do norte de Macapá, cujas causas ainda estão sendo investigadas, com suspeitas de negligência por parte dos órgãos de controlo na manutenção da unidade.
O incidente deixou 90% da população do Amapá sem energia, um dos 27 estados brasileiros, que faz fronteira com a Guiana Francesa e o Suriname, e com uma população de cerca de 900 mil pessoas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Embora o fornecimento de energia já tenha sido restaurado em parte do estado, os moradores do Amapá ainda enfrentam racionamento severo, que gerou tensões nos últimos dias com protestos que, na ocasião, terminaram em graves altercações.