Celebra-se esta terça-feira, 29 de junho, o primeiro aniversário do projeto Floresta Serra do Açor, uma iniciativa que junta o Grupo Jerónimo Martins, a Câmara Municipal de Arganil e as associações dos proprietários dos terrenos baldios, com o objetivo de” preservar e valorizar a paisagem devastada pelos incêndios florestais de 2017″. No primeiro ano deste projeto, “foram plantadas 58.090 árvores (38.727 pinheiros-bravos, 12.163 carvalhos e 7.200 sobreiros) no concelho de Arganil e áreas envolventes”, lê-se num comunicado divulgado pelo Grupo Jerónimo Martins.
Esta conjugação de esforços entre uma entidade privada, uma autarquia e comunidades locais, vai permitir, ao longo das próximas décadas, a intervenção numa área de 2.500 hectares de floresta. “Estão a ser plantadas árvores de espécies resistentes ao fogo e, o que era predominantemente terreno baldio, será convertido numa floresta multifuncional, com uma paisagem variada e mais resiliente ao fogo, por ser composta por uma mistura de espécies onde o pinheiro- bravo se cruza, entre outros, com sobreiros, medronheiros, castanheiros”, refere o mesmo comunicado,
Desta forma, as populações desta região do interior do país poderão obter proveito económico dos seus espaços florestais, resgatando-os do abandono e extraindo produtos como o medronho, a cortiça, a castanha ou os cogumelos.
Para Luís Paulo Costa, presidente da Câmara Municipal de Arganil, trata-se de “um projeto de gestão florestal absolutamente diferenciador e pioneiro no nosso país, que nos permite começar a construir um futuro para Arganil que vai muito para além de nós; um futuro em que o nosso território estará mais forte, resistente e preparado para as adversidades. Sinto-me verdadeiramente privilegiado e genuinamente honrado por poder desenvolver e poder fazer parte de um projecto transformador como este, que tem tanto de utópico como de concreto e autêntico”.
Segundo António Serrano, diretor-geral da Jerónimo Martins Agro-Alimentar e representante de Jerónimo Martins no Conselho de Acompanhamento Estratégico da Associação Floresta Serra do Açor, a entidade sem fins lucrativos que foi criada para o desenvolvimento do projeto, “decidimos investir neste projeto, sem qualquer expectativa de retorno económico, por acreditar na enorme mais-valia que representa para o desenvolvimento do interior do país, para a proteção dos solos e dos recursos hídricos, para a promoção da biodiversidade e pelo impacto positivo que terá na mitigação dos efeitos do aquecimento global. É um projeto de combate à desflorestação vocacionado para o longo prazo que temos muito orgulho em integrar”, explica
Segundo a mesma nota, a estratégia de combate à desflorestação do Grupo Jerónimo Martins tem sido avaliada pelo CDP (Disclosure Insight Action), que, no final de 2020, voltou a distinguir o Grupo como o único retalhista alimentar mundial a obter um nível de liderança (A-) em todas as commodities associadas ao risco de desflorestação (óleo de palma, madeira, gado bovino e soja), atribuindo-lhe também o mesmo nível pelas medidas de combate às alterações climáticas.
A próxima campanha de plantação de árvores terá início em outubro. O Grupo Jerónimo Martins investiu cinco milhões de euros que deverão ser utilizados nos primeiros 15 anos de implementação do projeto.