Há 27 anos no mercado, a EAD (Empresa de Arquivo de Documentação), especialista em soluções de gestão documental em Portugal, surgiu para responder às necessidades distintas mas complementares que as organizações enfrentam. À conversa com o CEO da EAD, Paulo Veiga, a Ambiente Magazine ficou a conhecer esta empresa que tem como missão “minimizar a utilização de recursos naturais” e “promover a dinamização interna e externa de boas práticas”, além de “melhorar o desempenho ambiental de forma contínua”.
A EAD surge então para auxiliar as empresas no “tratamento da documentação em suporte papel”, oferecendo “soluções tradicionais de gestão de arquivo” como a “Custódia, Destruição Segura, Organização e Avaliação Documental”. Além disso, aposta em diferentes soluções digitais, que o grupo tem vindo a desenvolver, e que permitem atenuar as “necessidades que as organizações evidenciam em termos de agilidade, rapidez, mobilidade, compliance, otimização de custos e competitividade”.
Certificada pelo bom desempenho ambiental, a empresa teve, desde sempre, a estratégia de “avançar para um projeto de redução dos consumos e reciclagem segura de todos os resíduos produzidos” no âmbito da atividade operacional. Além disso, a EAD foi a “primeira empresa” no ramo da gestão documental em Portugal, a “implementar um Sistema de Gestão ambiental”, acrescenta o CEO.
No mindset da companhia está a “preocupação ambiental”. Segundo Paulo Veiga, a empresa reciclou “393 toneladas de arquivo”, repartidos entre “212.501 quilos de documentos a partir do serviço de reciclagem segura de documentação”, acrescentando os “180.035 quilos de papel e cartão de arquivo de clientes”. Mas esta preocupação vai muito para além do papel: “Reciclámos mais de seis toneladas de cartão, 406 quilos de madeira, 854 quilos de metais, entre agrafos e estantes, 844 quilos de tapes e 578 quilos de plástico”, a que se somam “3,4 quilos de resíduos de equipamentos elétricos e eletrónicos (REEE), 60 quilos de ares-condicionados, 20 quilos de lâmpadas, 28 quilos de óleos e gorduras alimentares, 30 quilos de resíduos equiparados urbanos e 38 quilos de baterias”, especifica.
Em relação aos desafios ambientais que podem estar em cima da mesa, o responsável afirma que, face às “solicitações de sustentabilidade” integradas nos processos de inovação e no desenvolvimento de novos serviços, a empresa mantém o mesmo objetivo de “efetuar a reciclagem de todos os produtos”, procurando, continuamente, a “melhoria da produtividade e competitividade”, no sentido de “assegurar aos clientes o fornecimento de serviços de alta qualidade e de contribuir para o desenvolvimento da economia nacional”. De modo a alcançar estes objetivos, a EAD aposta na “inovação e na qualidade”, adotando um “modelo de gestão orientado para a excelência”.
“Longe vão os tempos em que reciclagem era uma palavra estranha”
Questionado sobre a preocupação das empresas portuguesas no que toca à reciclagem segura de documentação, Paulo Veiga não tem dúvidas de que “vivemos num mundo cada vez mais preocupado com a pegada ecológica e estamos em franco crescimento.Longe vão os tempos em que a reciclagem era uma palavra estranha para muitos portugueses”. A prova está no “crescimento” dos serviços de Reciclagem Segura de Arquivo e Documentação da EAD: “Cada vez mais temos solicitações de propostas para a colocação de contentores, designados por Docbox, nos escritórios para reciclagem da documentação, quer para situações pontuais ou mesmo periódicas”.
Relativamente às taxas de reciclagem e de utilização de materiais reciclados, o CEO afirma que a União Europeia está a crescer sustentadamente e Portugal faz parte desse crescimento. “O futuro é esse”, diz o responsável, acreditando que o tema sustentabilidade é indiscutível. “Cada vez mais, as empresas estão a investir em iniciativas para atenuar os sintomas da crise climática em que vivemos”, precisa.
Metas para o futuro
E como o futuro é já amanhã, a EAD mantém o objetivo ambiental para este ano: “Dar continuidade à promoção da responsabilidade ambiental e social”, através de “ações de formação em boas práticas ambientais” e do “cumprimento das regras existentes” com vista a “diminuir o número de ocorrências ao longo do ano”. A principal meta passa pelo “casamento” entre o “crescimento económico” e o “desenvolvimento sustentável”. Cabe assim ao grupo “ajudar as empresas no encaminhamento, de forma segura e confidencial, do acervo documental que possuem para a reciclagem” como para preservação digital dos documentos. Segundo Paulo Veiga, muitas empresas “desconhecem quando ou que tipo de documentos devem manter e quais devem ser destruídos”. O crescimento da transformação digital também tem permitido a “redução de papel” e a prova disso está nas “20 milhões de páginas digitalizadas” em 2019. “Este número é o reflexo da desmaterialização que se está a enraizar nas empresas”, realça.
O Grupo EAD abrange todo o território nacional, tendo inaugurado em novembro de 2019 a sua primeira sucursal no estrangeiro em Bucareste, Roménia. Contam com mais de mil clientes em carteira, 167 colaboradores, 33.950 metros quadrados de área coberta de custódia, 800 mil contentores com documentação, 32.800 volumes de documentos entregues e 176.700 cópias de originais disponibilizados.