No final de junho, 44% do sul do país estava em situação de seca, segundo boletim
O mês de junho, em Portugal continental, classificou-se como normal em relação à temperatura e precipitação. O valor médio da temperatura média do ar, 19,43 °C, foi igual ao valor normal 1971-2000. Em relação à precipitação, o valor médio em junho, 30,8 mm (litros/m2), foi também muito próximo do valor normal, correspondendo a 95 %. Estes dados pertencem ao Boletim mensal informativo “Clima e Energia” relativo ao mês de junho, publicado pela Lisboa E-Nova.
De acordo com o índice PDSI (Palmer Drought Severity Index), no final de junho mantém-se a situação de seca meteorológica na região Sul, estendendo-se agora até aos distritos de Lisboa e Santarém. No final do mês, “44% do território estava em situação de seca, 27,7 % em seca fraca, 11,8 % em seca moderada e 4,7 % em seca severa”, lê-se no boletim.
No final de junho de 2021, segundo os dados da Lisboa E-Nova, e comparativamente ao mês anterior, os armazenamentos por bacia hidrográfica apresentavam-se superiores às médias de armazenamento de junho (1990/91 a 2019/20) na generalidade das bacias hidrográficas. Nas grandes bacias (Douro, Mondego, Tejo e Guadiana) as disponibilidades encontravam-se acima dos 80%.
Ao nível da produção e consumo de eletricidade, a produção renovável abasteceu 68% do consumo de energia elétrica no primeiro semestre do ano: “hidroelétrica (32%); eólica (26%); biomassa (7%) e fotovoltaica (3%)”. A produção não renovável abasteceu 29% do consumo: “gás natural (27%) e carvão (2%). Os restantes 3% foram garantidos pela importação”.
Em relação ao mês de junho, o consumo (3 884 GWh) aumentou 6,7% face a junho de 2020, e 49% foi garantido por produção renovável.
O boletim “Clima e Energia” deu ainda nota que, no mês de junho, a média aritmética do preço diário do mercado grossista em Portugal foi de 83,29 €/MWh, valor muito superior ao mês homólogo de 2020 (30,64 €/MWh).
Relativamente às licenças de emissão, o preço das LEE (Licenças Europeias de Emissão) superava, a 30 de junho, a barreira dos 55 euros, refere o boletim.