Os incêndios que deflagram a 15 de outubro consumiram 190.090 hectares de floresta, quase metade (45%) da área ardida este ano, revela o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), citado pela Lusa.
Segundo o relatório provisório do ICNF, os dois incêndios que consumiram mais área ardida a 15 de outubro ocorreram ambos no distrito de Coimbra, tendo o do concelho da Lousã queimado 43.941 hectares e o de Oliveira do Hospital 43.191. Estes dois fogos foram também os maiores registados em 2017, ano em que as chamas consumiram um total de 418.087 hectares, o segundo pior depois de 2003.
As centenas de incêndios que deflagraram no dia 15 de outubro, o pior dia de fogos do ano, segundo as autoridades, provocaram 45 mortos, cerca de 70 feridos, perto de uma dezena dos quais em estado grave, obrigando ainda à evacuação de localidades e ao realojamento de populações. Além dos 43.191 hectares de floresta consumida pelas chamas, o fogo em Oliveira do Hospital provocou ainda 12 mortos, sendo o concelho com maior número vítimas mortais.
Segundo a Autoridade Nacional de Proteção Civil, as vítimas mortais registaram-se maioritariamente nos distritos de Coimbra (24), Viseu (16) e Guarda (quatro). Portugal registou também outra situação grave de incêndios que provocou mortos, tendo o fogo que deflagrou a 17 de junho em Pedrógão Grande causado, segundo a contabilização oficial, 64 mortos e mais de 250 feridos. Os dados provisórios do ICNF indicam que este incêndio de Pedrógão Grande consumiu uma área de 27.364.
Ao longo de 2017, registaram-se ainda “grandes incêndios florestais” no concelho da Sertã (Castelo Branco), que a 23 de julho consumiu 29.758, e na Pampilhosa da Serra (Coimbra), que a seis de outubro devastou 30.142 hectares.
*Foto de Lusa