A The Navigator Company registou um lucro líquido de 201 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, aumentou as vendas de Tissue em cerca de 51% e duplicou o montante total de investimentos para 142 milhões de euros. De destacar, que 61% do investimento total dos primeiros nove meses, correspondente a 86 milhões de euros, é classificado como investimento ESG – em ambiente ou de cariz sustentável.
Já no terceiro trimestre do ano, a Navigator registou, num contexto especialmente adverso e face ao trimestre anterior, um crescimento do volume de negócios, para 481 milhões de euros e do EBITDA, para 124 milhões de euros, comparando muito positivamente com os seus pares que já publicaram contas.
Recorde-se que o ano de 2023 compara com um ano extraordinário em que os preços atingiram níveis históricos, por um desequilíbrio sem paralelo entre oferta e procura em todos os produtos, justificado por limitações logísticas e por uma inflação de custos que em 2023 temos conseguido controlar com sucesso, estando os cash costs já ao nível do início de 2022. Quando comparamos o 3º trimestre com o mesmo trimestre de 2022 verificamos uma acentuada quebra de custos em todos os segmentos, com uma redução entre 16% e 18% nos segmentos de pasta e papel e de perto de 12% no segmento de Tissue.
Estes fatores, aliados à estratégia comercial de diversificação de produtos e mercados, permitiram atingir, nos primeiros nove meses, um EBITDA de 377 milhões de euros, com uma margem EBITDA de 26%.
Navigator acelera no caminho da descarbonização
A Navigator mais do que duplicou, até setembro do corrente ano, o montante total de investimentos, que ascenderam a 142 milhões de euros (vs. 65 milhões de euros no período homólogo).
Entre os investimentos destacam-se, em Setúbal, a nova caldeira de recuperação, de elevada eficiência – com incineração dos gases não condensáveis -, e o tratamento de águas residuais (ETAR em Setúbal). No complexo industrial da Figueira da Foz, nota para o novo parque de madeiras e a conversão do forno de cal para biomassa. Em Aveiro, sobressai a nova torre e prensas de lavagem, tratamento de cinzas da caldeira de recuperação, implementação de uma nova central de cogeração de elevada eficiência e a conversão do forno de cal para biomassa.
A estes investimentos, soma-se o início da construção das novas centrais fotovoltaicas em regime de autoconsumo nos sites industriais da Figueira da Foz, Aveiro e Vila Velha de Rodão, que permitirão triplicar a capacidade instalada nos sites do Grupo dos atuais 12 MW para cerca de 38 MW, que também contribuirão para acelerar o plano de descarbonização do Grupo.
É de registar que com a execução deste plano a Navigator pretende antecipar em três anos a sua meta intermédia de emissões diretas, prevendo alcançar já no final de 2026 os objetivos inicialmente previstos para 2029 no seu Roteiro para a Neutralidade Carbónica.
A companhia poderá, assim, alcançar em 2026 um patamar que representa menos de metade das emissões registadas em 2018. Relembramos, contudo, que em 2022 86% das emissões de CO2 diretas dos complexos industriais da companhia já são de origem biogénica, pelo que o esforço de descarbonização está concentrado agora em 14% das emissões.
A Navigator foi a primeira empresa em Portugal, e uma das primeiras a nível mundial, a definir o compromisso de atingir a neutralidade carbónica dos seus complexos industriais em 2035, antecipando em 15 anos as metas nacionais e europeias.